Indenizações recordes elevam custo de seguro contra ataques a aviões
Seguradoras em todo o mundo terão que pagar até o valor recorde de US$ 800 milhões para cobrir os danos causados por ataques a aviões em 2014, elevando os preços e também a competição no mercado.
Essa conta supera em US$ 60 milhões a US$ 90 milhões o que as seguradoras ganharam em 2013 para cobrir os sinistros, como a derrubada do jato de passageiros Malaysia Airlines na Ucrânia, e poderia significar que algumas empresas terão que deixar o mercado se os aumentos de preços não forem suficientes para manter a rentabilidade.
Novas empresas ávidas por desfrutar dos preços mais elevados, mas sem a obrigação de pagar pelos sinistros passados, podem ser as grandes vencedoras nas próximas semanas, à medida que grandes companhias aéreas e seguradoras começam a renegociar os contratos anuais de seguro.
"Dependendo do que acontecer nessas renovações, as pessoas poderiam reconsiderar a sua posição [no mercado]", disse o presidente da Atrium Underwriting, Richard Harries, à Reuters.
"Sabemos o preço que queremos. Se atingir esse preço, entramos, se não acontecer, ficamos fora", disse, acrescentando que espera que a Atrium, que hoje é líder nos seguros para ataques a aviões, se mantenha neste mercado.
INDENIZAÇÕES
A perspectiva de pedidos maiores de indenizações deixou o mercado tenso desde julho, quando, em menos de duas semanas, o avião Malaysia Airlines foi abatido sobre a Ucrânia, um vôo da Air Algerie caiu em Mali devido a causas desconhecidas e combates destruíram quase todos os aviões no principal aeroporto de Trípoli, na Líbia.
Esses sinistros vieram na esteira do desaparecimento de outro avião de passageiros da Malaysia Airlines e do ataque de militantes ao aeroporto internacional de Karachi.
O preço do seguro contra ataques a aviões deve mais do que dobrar e mais que triplicar em zonas de conflito, como Oriente Médio, disse Peter Eden, vice-presidente sênior da corretora de seguros Lockton Companies.
Em números aproximados, uma aeronave nova de US$ 200 milhões de uma grande companhia aérea poderia atualmente ser segurada contra ataques por cerca de US$ 40 mil, embora o preço varie de acordo com a probabilidade de a empresa ser alvo.
Analistas, corretores e seguradores calculam que os pedidos de indenização entre US$ 650 milhões a US$ 800 milhões, com a banda superior deste intervalo superando as perdas de US$ 700 milhões com a guerra do Iraque em 1990, não ajustados pela inflação.
HISTÓRIA SE REPETE?
A previsão de maiores receitas está atraindo interessados.
O cenário é similar ao verificado após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, quando grandes investimentos deixaram o setor imediatamente após as grandes perdas, forçando os prêmios que subiram até US$ 350 milhões naquele ano.
Mas logo em seguida, contudo, o aumento do custo dos seguros atraiu novas empresas para o mercado.
Os prêmios caíram desde então por conta do relativamente baixo número de pedidos de compensação e da capacidade excessiva devido à entrada de novos participantes logo após os atentados.
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