HSBC espera levantar US$ 17 bi com venda de filiais no Brasil e na Turquia
Andy Rain/Efe | ||
Agência do HSBC em Londres, no Reino Unido; banco britânico anuncia saída do Brasil |
O banco britânico HSBC esperar levantar US$ 17 bilhões com a venda de suas unidades brasileira e turca.
O plano faz parte da nova estratégia do banco, detalhada nesta terça (9) durante evento com investidores, para recuperar a rentabilidade e superar as perdas ocasionadas pelo escândalo conhecido como Swissleaks, em que é acusado de ajudar clientes de alta renda a sonegar imposto e a ocultar recursos depositados na Suíça.
Além dos valores obtidos nas respectivas transações, estão incluídas a liberação de exigência de capital e ganhos obtidos em decorrência do fim desses investimentos até 2017.
O banco não detalhou quanto espera obter especificamente com a venda do HSBC Brasil, que teve prejuízo de R$ 549 milhões em 2014 (veja gráfico abaixo). Seu valor é estimado em mais de R$ 10 bilhões, sem contar ágio esperado pela "oportunidade de negócio".
Na semana passada, Itaú, Bradesco e Santander fizeram propostas iniciais pelo banco. A Folha apurou que elas não superaram essa faixa de preço.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Na segunda (8), começou uma segunda rodada de negociações com o objetivo de os interessados apresentarem "ofertas vinculantes", agora com compromisso entre os dois lados.
O Bradesco é visto como o mais interessado no HSBC, por agregar clientes de alta renda, enquanto o Itaú tem demonstrado pouca disposição para uma oferta mais agressiva.
Corre por fora o espanhol Santander, que tem caixa elevado e experiencia em "deglutir" diferentes aquisições no Brasil, incluindo bancos estrangeiros com cultura diferente. O último fora o Real, antiga filial brasileira do holandês ABN Amro, em 2007.
Conta ainda a favor do Santanter a presença do executivo Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil, atual vice-presidente sênior de varejo do Santanter brasileiro.
Por outro lado, há dúvidas sobre a disposição do Santander em apostar mais no Brasil, especialmente após a morte no ano passado do patriarca do banco Emilio Botín, reconhecido pelo entusiasmo em relação ao país.
O HSBC tem um histórico difícil de negociação. Tentou por duas vezes vender a sua financeira Losango para os demais bancos, mas nunca chegou a um preço aceitável para efetivar o negócio.
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