Lego leva brinquedos do mundo real ao virtual em mercado de games
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Peças e boneco de lego |
Imagine o Homer Simpson dirigindo o Batmóvel na estrada de tijolos amarelos. Ou o Superhomem pilotando um DeLorean. O que antes era fantasia se torna realidade com o lançamento do jogo Lego Dimensions, da Lego e da Warner Bros.
O projeto marca um passo crucial na estratégia digital da fabricante de brinquedos dinamarquesa. O jogo, cujo pacote inicial custará US$ 100 (R$ 383), coloca a empresa na categoria "toys-to-life", que introduz brinquedos físicos a games, avaliada em US$ 700 milhões (R$ 2,7 bilhões) ao ano apenas nos EUA.
Os fabricantes de brinquedos têm sido duramente atingidos pelos smartphones e tablets, já que as crianças passam cada vez mais tempo em jogos nesses dispositivos.
A Lego conseguiu reverter essa tendência, em grande parte graças à força de seus produtos físicos. Neste ano, ela se tornou a maior fabricante de brinquedos do mundo em vendas.
"Não acho que a Lego tenha conquistado o mundo digital. O que vemos são as primeiras tentativas de criar um tipo de experiência híbrida, física e digital", diz David Robertson, coautor de um livro sobre a empresa.
Os compradores do Dimensions receberão um jogo para o PlayStation, da Sony, para o Xbox, da Microsoft ou para o Wii, da Nintendo, com quase 300 peças de Lego "para criar um controle, bem como três personagens: Batman, Gandalf, de "O Senhor dos Anéis", e Wyldstyle, do filme "Uma Aventura Lego".
Kits que caracterizam outros personagens —como a Bruxa Má, de "O Mágico de Oz", Scooby Doo e Mulher Maravilha— custarão de US$ 15 (R$ 57) a US$ 30 (R$ 115).
O jogo reconhece os personagens e veículos postos em cada controle e os torna parte da ação, que ocorre ao longo de 14 fases, uma para cada marca envolvida. Caraterísticas típicas do Lego, como a capacidade de reconstruir cada veículo de três maneiras diferentes, estão presentes.
O projeto, que levou três anos para surgir, está sendo lançando em um mercado acirrado. O jogo Skylanders, da Activision Blizzard, tem dominado a categoria "toys-to-life" desde que foi lançado, em 2011, mas foi alcançado pelo Infinity, da Disney —que terá figuras de "Star Wars" neste Natal e pela linha Amiibo, da Nintendo.
John Goodwin, diretor-financeiro do grupo Lego, ressalta que a marca não aposta todas as suas fichas no Dimensions, mas tem plena consciência da importância de obter êxito na oferta digital.
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