Economia dos EUA surpreende e cresce 1% no 4º trimestre de 2015
10 December 2007. AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS | ||
Segunda leitura aponta que PIB dos EUA cresceu 1% no quarto trimestre de 2015 |
A economia americana mostrou mais força no quarto trimestre de 2015 que o sinalizado anteriormente e registrou crescimento de 1%, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Os dados passarão pela segunda e última revisão em 25 de março.
O resultado superou o centro das estimativas de economistas e instituições financeiras ouvidos pela agência de notícias Bloomberg, que viam avanço de 0,4% nos últimos três meses do ano passado. Além disso, veio melhor que a primeira leitura do indicador, que mostrava expansão de 0,7% da economia americana.
O crescimento do terceiro trimestre foi mantido em 2%, enquanto no período de abril a junho a expansão foi de 3,9%. Com isso, os Estados Unidos encerraram 2015 com crescimento anual de 2,4%, mesmo resultado do ano anterior.
PIB dos EUA - Variação trimestral
Consumo pessoal, investimento privado interno e gastos do governo federal contribuíram para a expansão do PIB, de acordo com o Departamento do Comércio americano. Por outro lado, exportações, investimentos externos e gastos de governos estaduais e locais caíram.
A desaceleração no quarto trimestre em relação aos trimestres anteriores reflete o recuo nos gastos com consumo pessoal e a retração em investimentos externos, nos gastos de governos estaduais e locais e nas exportações, ainda segundo o Departamento do Comércio americano.
Essa queda foi parcialmente compensada por uma redução menor no investimento interno em estoques, uma retração nas importações e uma aceleração nos gastos do governo federal.
O dado pode chancelar a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de retomar sua política de elevar os juros nos EUA.
Em janeiro, a autoridade monetária manteve a taxa básica de juros entre 0,25% e 0,50%. Na ata do encontro, afirmou que a decisão levou em conta um "aumento nas incertezas", causado por instabilidades externas e desaceleração econômica interna.
"Eventos recentes em mercados financeiros e de commodities como a possibilidade de enfraquecimento de algumas economias estrangeiras têm o potencial de conter a atividade doméstica", informou o Fed no documento.
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