Centrais sindicais criticam reforma trabalhista e planejam protesto
Marcos Santos/USP Imagens | ||
Carteira de trabalho |
As declarações do governo sobre mudanças na legislação trabalhista têm deixado sindicalistas não só irritados como também confusos.
"Para nós, essas falas são balões de ensaio, e balões furados", afirma João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Em nota, a entidade afirma que o governo "precisa ter mais prudência na divulgação de medidas que estão sendo feitas de forma atabalhoada e fatiada" e que repudia a retirada de direitos já estabelecidos, como a jornada de oito horas diárias.
Na quinta (8), o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou em discurso a sindicalistas que uma das propostas para a reforma da legislação é dar segurança jurídica a acordos coletivos que ampliem a jornada diária para até 12 horas, dentro da limitação semanal de 48 horas.
Depois da repercussão negativa da fala, a pasta realizou ação nas redes sociais nesta sexta (9) e divulgou nota à imprensa para esclarecer que não defende ampliação da jornada de trabalho.
Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), preferiu não comentar as declaração de Nogueira porque, até o momento, está tudo uma "confusão", diz. Ele afirma que a entidade é contra qualquer reforma na Previdência e na legislação trabalhista.
"Na nossa avaliação, o país precisa de uma agenda de crescimento. Essas reformas são equivocadas", diz.
Movimentos trabalhistas organizam manifestações contra o que entendem como retirada de direitos pelo governo. De acordo com Juruna, a Força Sindical planeja um ato nacional para o dia 22 de setembro.
Uma semana depois, no dia 29, metalúrgicos prometem realizar uma paralisação em todo o país contra as propostas de reformas.
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