Brasil muda política comercial em meio a onda protecionista global
Com participação muito reduzida no comércio internacional, equivalente a pouco mais de 1% do valor das mercadorias que circulam entre os países, o Brasil resolveu sair em busca de uma nova política comercial num momento delicado, em que muitas oportunidades parecem ter ficado no passado e o mundo enfrenta uma nova onda protecionista.
Especialistas reunidos pela Folha num fórum organizado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (25) concluíram que uma maior integração comercial exige mudanças nas empresas, melhorias na frágil infraestrutura do país e a negociação de acordos que incluam as empresas nas cadeias produtivas globais que hoje movimentam grande parte do comércio internacional.
O governo retomou negociações com o México e a União Europeia, que se arrastam há mais de duas décadas e receberam novo impulso depois que o Brasil afundou na recessão e muitas empresas começaram a buscar no mercado externo compensações para a retração do consumo doméstico. O governo espera fechar o acordo com o México até o ano que vem.
Com baixa produtividade e sem condições de competir sem empurrão do câmbio, muitas empresas brasileiras têm dificuldades para explorar oportunidades como as criadas pelas novas tecnologias da revolução digital. O futuro parece mais promissor para o agronegócio brasileiro, que se tornou líder mundial nas exportações de produtos como soja, açúcar e carnes e se prepara para avançar em novos mercados.
Aly Song/Reuters | ||
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