Facebook enfrenta escalada de reveses regulatórios e questionamentos
Drew Angerer - 14.jul.17/Getty Images/AFP | ||
Mark Zuckerberg, presidente e fundador do Facebook |
O Facebook tem enfrentado uma escalada de questionamentos políticos e reveses regulatórios, tanto nos Estados Unidos como pelo mundo.
Relembra a cronologia do setembro negro de Mark Zuckerberg.
6.set | OS ANÚNCIOS RUSSOS
Depois que a notícia vazou, o Facebook confirmou ter informado ao procurador independente Robert Mueller a descoberta de US$ 100 mil em gastos publicitários ligados a contas "inautênticas e provavelmente operadas da Rússia", de junho de 2015 a maio de 2017. A "grande maioria" não tratava da campanha americana, mas buscava "amplificar mensagens divisivas". A liberação das informações ao procurador foi apresentada, pela cobertura, como uma indicação de que Mueller tinha um mandado de busca.
12.set | 'FAKE NEWS' CONTINUA
Estudo da Universidade Yale concluiu que a marcação de posts como questionados, projeto do FB contra "fake news", em parceria com serviços de checagem, só influenciou 3% dos atingidos a julgá-los como falsos. E em alguns grupos de usuários a ausência de marcação, em posts falsos, é entendida como confirmação de que são verdadeiros.
12.set | MULTA ESPANHOLA
Dando sequência às decisões europeias de defesa de privacidade, que incluíram a proibição recente de troca de dados com sua subsidiária WhatsApp, a Espanha multou o FB em € 1,2 milhão por não garantir às pessoas o controle sobre as informações que a empresa coleta sobre elas em outros sites. Alemanha, Holanda e outros abriram investigações semelhantes.
14.set | ANÚNCIOS PARA ANTISSEMITAS
Reportagens revelaram que o FB permitiu a compra de publicidade direcionada a usuários reunidos sob tópicos antissemitas, gerados algoritmicamente, e depois que o direcionamento também servia para outros tópicos racistas.
19.set | LEI CONTRA COMÉRCIO SEXUAL
A Comissão de Comércio e Ciência do Senado dos EUA fez a primeira audiência para discutir projeto de lei do republicano Rob Portman que torna as empresas de internet responsáveis pelo comércio sexual, inclusive de menores, em suas plataformas. O FB, junto com outras, afirmou que o projeto "compromete princípios fundamentais da internet livre".
19.set | ANÚNCIOS RUSSOS NO SENADO
O republicano Richard Burr, presidente da Comissão de Inteligência, propôs convocar audiência sobre a publicidade russa, para a qual poderia chamar Mark Zuckerberg. A audiência foi depois confirmada para outubro, assim como o convite para a direção do FB, não necessariamente seu presidente.
20.set | LEI SOBRE ANÚNCIOS POLÍTICOS
Dois senadores democratas, Mark Warner e Amy Klobuchar, anunciaram que preparam um projeto de lei determinando que FB e outras redes sociais sejam instados a identificar os pagadores de seus anúncios políticos, como é exigido hoje da TV nos EUA.
21.set | ENTREGA DE DADOS
Sob pressão também na imprensa, Zuckerberg e o diretor jurídico do FB, Colin Stretch, afirmaram publicamente que o Congresso americano receberia as mesmas informações relativas à publicidade russa que haviam sido transmitidas no início do mês ao procurador Mueller.
21.set | PUBLICIDADE MUDA
A diretora de operações do FB, Sheryl Sandberg, anunciou o reforço nos controles, com "mais supervisão humana", sobre o direcionamento de publicidade para usuários racistas.
22.set | CAI ALTERAÇÃO ACIONÁRIA
Às vésperas do julgamento de um processo coletivo contra uma decisão que Zuckerberg aprovou no FB, criando uma classe de ações que lhe garantiria o controle mesmo após vender seus papéis atuais, ele voltou atrás na mudança. A nova classe de ações permitiria que ele saísse, por exemplo, para um cargo público.
25.set | BLOQUEIO CHINÊS
O governo chinês bloqueou o WhatsApp no país. O aplicativo de mensagens era o último serviço ligado ao FB que ainda estava disponível no país. A plataforma social já havia sido bloqueada, oito anos atrás.
27.set | ATAQUE DE TRUMP
Alvo da investigação do procurador Mueller, sobre elos de sua campanha com a Rússia, o presidente Donald Trump acusou o FB de ter sido "sempre anti-Trump", em "conluio" com as redes de televisão e os jornais "New York Times" e "Washington Post". Zuckerberg respondeu que "ambos os lados", republicano e democrata, "estão chateados com conteúdos de que não gostam".
29.set | MANDADOS DE BUSCA
O Departamento de Justiça dos EUA cobra, com mandados de busca, que o FB repasse informações sobre 6.000 "ativistas antigoverno" que "curtiram" página contrária a Trump no dia da posse (20.jan).
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Atualizado em 25/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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