Temer faz ofensiva nas redes sociais para pressionar deputados
Edu Andrade/Fatopress/Folhapress | ||
Presidente Michel Temer em cerimônia de imposição de insígnias da Ordem do Mérito Médico, em Brasília |
Com dificuldades de reunir apoio na base aliada, o presidente Michel Temer fará a partir desta quarta-feira (6) uma ofensiva nas redes sociais para tentar pressionar deputados governistas a votarem a favor da reforma da Previdência.
A equipe de comunicação do peemedebista irá veicular nove propagandas, as quais a Folha teve acesso, com uma convocação aos deputados aliados: "Parlamentar, o Brasil precisa de você".
A intenção do presidente em divulgar o conteúdo foi antecipada pelo Painel. As propagandas também ressaltam que os parlamentares governistas devem votar pela proposta para salvar a "aposentadoria de todos".
A ideia do Palácio do Planalto é fazer com que grupos e entidades favoráveis às mudanças nas aposentadorias cobrem publicamente deputados indecisos ou resistentes à proposta governista.
O Palácio do Planalto contabiliza atualmente 260 votos, número inferior aos 308 necessários para aprovar a reforma previdenciária.
Nesta quarta-feira (6), o presidente reduziu o piso e agora espera contabilizar com pelo menos 290 votos favoráveis para colocar a proposta em votação na próxima terça-feira (12).
A meta baixou em relação às últimas semanas -quando o governo estabelecia 330 votos para levar o texto ao plenário da Câmara dos Deputados- diante das dificuldades que os deputados têm apresentado em apoiar a medida.
No fim da manhã, PTB fechou questão a favor da aprovação da reforma. A decisão ocorre em meio à pressão do peemedebista e diante da perspectiva da sigla aumentar seu espaço na Esplanada dos Ministérios.
O partido comandando por Roberto Jefferson, que foi pivô e condenado no escândalo do mensalão, tomou a decisão antes mesmo do PMDB, sigla do presidente.
Divulgação | ||
Propagandas do governo sobre a Reforma da Previdência |
Ao todo, o PTB conta com uma bancada de 16 deputados federais em exercício e está à frente do Ministério do Trabalho e da Casa da Moeda.
Na prática, o fechamento de questão significa que, se definido, quem votar em desacordo com o partido, está sujeito a punições que podem chegar à expulsão da sigla.
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