Russos lembram tragédia do submarino Kursk após sete anos
A Marinha russa e os familiares dos 118 oficiais e marinheiros mortos na tragédia do submarino nuclear Kursk lembraram neste domingo em várias partes do país o 7º aniversário da tragédia.
"Memória eterna para os tripulantes de submarinos russos mortos em postos de combate", dizia a mensagem lida por um oficial em um ato realizado no porto de Murmansk, no mar de Barents.
Pouco antes do meio dia, no píer do porto onde o Kursk zarpou em 10 de agosto de 2000, oficiais e tripulantes de submarinos nucleares fizeram um minuto de silêncio cronometrado simbolicamente por um dos marinheiros.
O Kursk, orgulho da Marinha russa, era equipado com 24 mísseis de cruzeiro Granit e considerado indestrutível pelos marinheiros russos.
Sete anos depois da tragédia, muitos parentes dos marinheiros mortos ainda não estão satisfeitos com as explicações dadas pelo procurador-geral, Vladimir Ustinov, que publicou um livro com a versão oficial da tragédia intitulado "Kursk".
Como se soube depois, a cúpula militar escondeu as verdadeiras dimensões da catástrofe e recusou as ofertas de outros países de ajuda para resgatar os tripulantes do submarino, que não morreram inicialmente na explosão.
O "Kursk" foi localizado a 108 metros de profundidade na madrugada de 13 de agosto, quando ainda era possível salvar 23 tripulantes, mas o Kremlin só aprovou a operação internacional de resgate uma semana depois do acidente.
Após semanas de busca, foram resgatados os corpos de 115 ocupantes do submarino, mas não os dos marinheiros Dimitri Kotkov e Ivan Nefedkov, e do técnico Mamed Gadzhiev, que ainda estão sob a água.
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