Pentágono responde a críticas russas ao escudo antimísseis
O Pentágono se defendeu nesta terça-feira das críticas russas contra o sistema de Defesa Nacional contra Mísseis que os EUA pretendem instalar no Leste Europeu e pediu a Moscou que justifique suas "declarações cada vez mais agressivas" contra o projeto.
Em coletiva, o diretor da Agência de Defesa Antimíssil americana, o tenente-general Henry Obering, afirmou que os dez interceptores que os EUA pretendem instalar na Polônia seriam apenas para defesa e não foram elaborados para ataque.
Os EUA, que na semana passada assinaram um acordo com a República Tcheca para instalar no país o radar do sistema, asseguram que o propósito é fazer frente a possíveis ameaças procedentes de países hostis no Oriente Médio.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, advertiu na semana passada na cúpula do Grupo dos Oito (G8, sete nações mais ricas do mundo e a Rússia) no Japão que o país responderá ao escudo "com medidas" que não foram detalhadas.
Em fevereiro, o então presidente russo, Vladimir Putin, advertiu de que a Rússia poderia, como resposta, posicionar mísseis em Kaliningrado, na fronteira com a Polônia.
"Se tentássemos transformar os interceptores em mísseis ofensivos, seria algo evidente até para o observador interessado", disse hoje o tenente general Obering.
"Não é algo que tenhamos intenção, nem razão, de fazer, francamente", acrescentou.
Segundo o militar, "não há nenhum tipo de justificativa, aos nossos olhos, para algumas das declarações ou preocupações (russas) sobre o local" do escudo de mísseis.
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