Justiça dos EUA condena à prisão perpétua autor de tentativa de atentado em NY
A Justiça americana condenou nesta terça-feira o imigrante paquistanês Faisal Shahzad à pena de prisão perpétua pela tentativa de detonar um carro bomba na Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York, no dia 1º de maio.
A juíza que proferiu a sentença, Miriam Goldman Cedarbaum, disse que a decisão serve de alerta a qualquer um que queira seguir o caminho de Shahzad.
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O condenado, 31, disse não se arrepender da tentativa de atentado. Durante depoimento, Shahzad chegou a ser interrompido pela juíza, que questionou se ele havia jurado lealdade aos EUA. "Sim, eu jurei, mas não fui sincero", respondeu.
Shahzad foi preso dois dias depois da tentativa de ataque, frustrado após alertas à polícia sobre o veículo suspeito.
Ainda na quarta-feira (29), documentos divulgados pela Justiça americana indicaram que a expectativa de Shahzad era matar ao menos 40 pessoas na Times Square.
O imigrante tinha ainda o plano de executar um segundo atentado dali a duas semanas. O alvo, no entanto, não foi divulgado pelas autoridades americanas.
Reuters |
Foto sem data obtida na rede social Orkut mostra Faisal Shahzad, autor do ataque frustrado em Times Square |
Ainda em junho Shazad declarou-se culpado de um ataque a bomba frustrado em 1º de maio no centro de Manhattan. Ele foi preso dois dias depois, a bordo de um avião que ia para Dubai, minutos antes de a aeronave decolar do aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.
Shahzad alegou ter recebido treinamento para fabricar bombas do Taleban no Paquistão, conhecido como Tehrik-e-Taleban Pakistan, e disse que o grupo financiou o ataque frustrado.
A sentença de Shahzad deve ser dada pela corte federal em Manhattan em 5 de outubro. Promotores sugeriram que ele seja condenado a prisão perpétua, alegando que ele "teve toda intenção de fazer um ataque poderoso e aterrorizante contra o coração de Nova York."
Promotores disseram que Shahzad representou uma "ameaça particularmente nociva" e que sua sentença de prisão deveria impedir uma potencial futura radicalização de cidadãos americanos.
"Apesar de ser evidente em si que a dissuasão específica é importante nesse caso, é vital dissuadir outros cidadãos americanos, bem como aqueles que têm permissão para residir aqui, de trabalhar para minar nossa segurança nacional ao ajudar organizações terroristas internacionais", disseram os promotores.
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