Políticos europeus e americanos reivindicam mais rigor com Irã
Numa conferência internacional nesta terça-feira em Bruxelas, políticos europeus e americanos debateram sobre o programa nuclear iraniano e pediram mais rigor da comunidade internacional com a República Islâmica.
As declarações chegam três dias após o término das negociações entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), que terminaram sem acordo em Istambul (Turquia).
O general James Jones, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, defendeu o papel da administração americana nas negociações e se referiu às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que qualificou como "as maiores já impostas" a um Estado, e que, segundo ele, devem aumentar a pressão sobre Teerã.
Já o ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas Bill Richardson afirmou que, apesar de "o governo iraniano não ter levado as negociações a sério, é preciso continuar com o diálogo e a diplomacia".
John Bolton, outro ex-embaixador de Washington na ONU, e o ex-procurador-geral americano Michael Mukasey (ambos membros do governo de George W. Bush) ressaltaram que o Irã não tem a intenção de chegar a um acordo porque quer desenvolver armas nucleares e que as sanções não funcionaram no passado.
EURODEPUTADOS
Na mesma linha se manifestou o eurodeputado espanhol Alejo Vidal-Quadras, que afirmou que a via diplomática seguida até agora "não funciona", já que atualmente o Irã está "mais perto" de fabricar armas atômicas.
Além de Vidal-Quadras, outros eurodeputados e parlamentares de vários países da União Europeia (UE) participaram do ato para reivindicar o fim das negociações.
No entanto, houve unanimidade entre os presentes na hora de pedir ao governo americano que siga o exemplo da União Europeia (UE) e exclua de sua lista de grupos terroristas a Organização dos Mujahedins do Povo do Irã, o principal grupo de oposição no país.
Os presentes também criticaram a situação do campo de refugiados iranianos de Ashraf, no Iraque, onde se encontra a sede da organização.
Tanto a resistência iraniana quanto organizações que lutam pelos humanos, como a Anistia Internacional (AI), denunciaram ataques das forças de segurança iraquianas aos civis residentes no campo com o consentimento das autoridades do país.
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