Acidente com navio de cruzeiro força retirada de mais de 4.000 na Itália
Cerca de 4.200 passageiros foram retirados às pressas de um transatlântico que navegava na costa da Itália na noite desta sexta-feira, depois que a embarcação encalhou e começou a afundar, segundo informações da imprensa italiana.
"Os passageiros não correm perigo, uma missão de resgate está em andamento", informou a Guarda Costeira italiana no porto Isola del Giglio, ao sul da Toscana, enquanto os passageiros eram retirados em botes salva-vidas do navio de cruzeiro Costa Concordia.
Segundo a agência de notícias France Presse, o navio teria encalhado em um banco de areia, o que causou a abertura de uma rachadura na estrutura, deixando a embarcação inclinada. Pouco depois, 4.231 passageiros foram levados à ilha de Giglio.
O Itamaraty informou à Folha, por telefone, que até o momento as autoridades italianas não informaram a Embaixada do Brasil em Roma sobre a presença de brasileiros no navio.
Também não houve nenhum "pedido direto" de auxílio, isto é, nenhum brasileiro procurou ajuda diretamente, acionando a embaixada. Até o momento, diz o Itamaraty, a informação sobre a eventual presença de brasileiros no navio circula de forma extra oficial.
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Equipes da Guarda Costeira e de resgate participaram da operação de retirada de todos que estavam a bordo.
A empresa responsável pelo navio, baseada em Gênova, indicou que a retirada "estava quase terminada" e destacou que "até o momento não é possível definir as causas do problema.
O "Costa Concordia" zarpou do porto de Civitavecchia e se dirigia à Savona para uma viagem de uma semana pelo Mediterrâneo.
O prefeito de Giglio, Sergio Ortelli, disse que iniciou preparativos para receber as milhares de pessoas na ilha.
Luciano Castro, que testemunhou o acidente, disse que os passageiros "estavam jantando quando acabou a luz, sentiram uma batida e caíram no chão".
Quando voltou a luz, o comandante da embarcação anunciou avarias no gerador de energia e garantiu um conserto rápido, mas alguns dos passageiros perceberam que o barco começava a se inclinar de lado.
De acordo com o relato, a tripulação então chamou a todas pessoas a bordo para que vestissem coletes salva-vidas. Minutos depois os passageiros ouviram sete alarmes curtos e um longo, determinando que deixassem o navio imediatamente.
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