Obama condena ataques a consulado americano na Líbia
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou nesta quarta-feira os ataques a consulados americanos ontem à noite e que resultaram na morte de um embaixador e mais três funcionários na Líbia. A informação foi confirmada pela Casa Branca, pouco tempo depois da divulgação pelo Ministério do Interior líbio.
"Eu condeno com firmeza o vergonhoso ataque a nosso consultado em Benghazi, que tirou as vidas de quatro americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens", afirma Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
France Presse | ||
Civis líbios ajudam homem inconsciente, mais tarde identificado como o embaixador americano morto Chris Stevens |
"Neste momento, o povo americano tem as famílias daqueles que perdemos em seus pensamentos e orações", completa.
"Eu ordenei a minha administração que forneça todos os recursos necessários para apoiar a segurança de nossos funcionários da Líbia, e para aumentar a segurança de nossos postos diplomáticos em todo o planeta", acrescentou.
"Embora os EUA rejeitem os esforços para denegrir as crenças religiosas, devemos inequivocamente nos opor a esse tipo de violência sem sentido que tira as vidas dos servidores públicos", acrescentou.
O embaixador americano Christopher Stevens foi assassinado na noite de terça-feira durante um ataque ao consulado em Benghazi por islamistas, que protestavam contra um filme amador feito nos EUA, supostamente com zombarias contra a religião islâmica.
Stevens serviu como enviado ante os rebeldes líbios logo nas primeiras semanas da revolta civil que explodiu em fevereiro de 2011, e que culminou com a morte do ditador Muammar Gaddafi após quatro décadas no poder.
Mahmud Turkia - 7.jun.12/France Presse | ||
Imagem de arquivo mostra o embaixador americano Chris Stevens (esquerda), cumprimentando parlamentares líbios em junho |
"Fiquei emocionado ao ver o povo líbio levantar-se e reclamar seus direitos", disse Stevens, em um vídeo divulgado pelo Departamento de Estado americano, logo após sua nomeação para o posto, em maio.
"Agora estou emocionado por voltar à Líbia e continuar o grande trabalho que começamos, construindo uma sólida relação entre os Estados Unidos e a Líbia, ajudando o povo líbio a alcançar seus objetivos", acrescentou.
Ainda faltam informações sobre a razão de Stevens estar no consulado em Benghazi no momento do ataque de terça-feira à noite ou ainda, se os manifestantes que lançaram morteiros contra o edifício sabiam que o embaixador americano estava ali.
Esam Al-Fetori/Reuters | ||
Homem armado comemora incêndio do consulado americano durante protesto à instituição em Benghazi, Líbia |
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