Rússia perdoa dívida de Cuba na véspera de viagem de Putin
O Parlamento russo aprovou nesta quinta (10) acordo assinado com Cuba em 2013 que prevê perdão de 90% da dívida contraída pelos cubanos com a União Soviética, cujas obrigações legais depois da sua extinção, em 1991, foram herdadas pela Rússia.
A medida –graças à qual a combalida economia cubana deixará de dever US$ 32 bilhões de um total de US$ 35,2 bilhões– foi anunciada na véspera da chegada do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que se reunirá em Havana com os irmãos Fidel e Raúl Castro, líderes do regime.
Cuba será a primeira escala de um giro latino-americano de seis dias, que também levará Putin à Argentina e ao Brasil. Depois de visitar a Argentina no sábado (12), o presidente da Rússia irá ao Rio para assistir à final da Copa do Mundo no domingo (13).
Em seguida, o líder russo participará da reunião de cúpula dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que acontecerá em Fortaleza (CE) e Brasília nos dias 15 e 16.
O presidente da China, Xi Jinping, não virá para a final da Copa –mas, depois da reunião do Brics no Brasil, viaja no dia 18 a Buenos Aires, de lá segue para a Venezuela e deve fazer uma parada em Cuba ao fim da viagem.
Segundo maior PIB do mundo, atrás apenas do dos EUA, a China é um dos maiores credores da Venezuela, a quem concedeu diversos financiamentos em troca de fornecimento de petróleo.
O país governado por Nicolás Maduro também passa por crise econômica, com inflação alta e desabastecimento –o que desde fevereiro tem ajudado a insuflar os protestos no país contra o sucessor de Hugo Chávez (1954-2013).
COOPERAÇÃO
Nem a chancelaria cubana nem a embaixada russa divulgaram o programa da visita de Putin a Havana. Mas, segundo indicou o Kremlin, os líderes de Rússia e Cuba discutirão tratados de cooperação nos setores de energia, transporte e aeronáutica.
A expectativa dos cubanos é a assinatura de acordos econômicos com o antigo aliado da Guerra Fria. O governo russo destacou ainda o encontro de Putin com Fidel Castro, 87, afastado do poder desde 2006 por motivos de saúde.
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