Dilma diz 'lamentar' bombardeio dos EUA a facção na Síria
Horas depois de confirmado o primeiro ataque dos EUA e seus aliados a alvos do Estado Islâmico na Síria, a presidente Dilma Rousseff disse "lamentar enormemente" o bombardeio.
"O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU", disse, após discursar na Cúpula do Clima da ONU, em Nova York. "Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão nos dois lados e não acreditamos que seja eficaz."
Segundo Dilma, em grandes conflitos recentes em que foi aplicada uma solução armada houve apenas "uma consequência: a perda de vidas humanas dos dois lados".
"Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas causam enormes prejuízos e turbulências", disse a presidente, citando os casos do Iraque, da Líbia e da faixa de Gaza.
Dilma aproveitou para criticar a "paralisia" do Conselho de Segurança diante da crise na Síria e defender a ampliação de assentos no órgão.
"O Conselho de Segurança da ONU tem de ter maior representatividade para impedir essa paralisia diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo", afirmou.
Na madrugada desta terça (23), os EUA lançaram uma ofensiva aérea contra alvos da milícia Estado Islâmico em território sírio. A operação indica um envolvimento maior do Pentágono do conflito, já que, até agora, apenas posições da facção no Iraque, país aliado, haviam sofrido ataques semelhantes.
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