Capital do Canadá é alvo de ataque; soldado e um suspeito são mortos
A capital do Canadá, Ottawa, ficou em alerta nesta quarta-feira (22) após um atirador matar um soldado no Memorial Nacional de Guerra e lançar um ataque contra o prédio do Parlamento, onde ao menos 30 disparos foram ouvidos.
O atirador foi morto por Kevin Vickers, chefe de segurança do Parlamento. Por causa do incidente, o Canadá fechou o local, isolou o centro de Ottawa, elevou ainda mais seu nível de alerta terrorista e fechou as bases militares em todo o país.
Os EUA também fecharam sua embaixada na capital canadense. Além disso, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad), que cuida do espaço aéreo dos EUA e Canadá, pôs mais aviões em prontidão para atuar se necessário, informou a rede de TV CNN.
Segundo fontes familiarizadas com a investigação, a polícia do Canadá investiga um homem chamado Michael Zehaf-Bibeau, um cidadão canadense nascido em 1982, como possível suspeito nos ataques.
Segundo relatos, o atirador que atacou o militar estava vestido todo de preto e tinha o rosto coberto com um lenço. O Hospital de Ottawa recebeu quatro pacientes, dos quais três estão estáveis. O outro tem um ferimento grave.
As autoridades canadenses confirmaram que o militar morto era o cabo Nathan Cirillo. A família do soldado já foi avisada, de acordo com a rede de televisão americana CNN.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, participava de um encontro no Parlamento quando o incidente começou, disse ao Toronto Sun o ministro de Veteranos de Guerra, Julian Fantino. De acordo com o ministro do Tesouro, Tony Clement, o atirador passou correndo perto da porta da sala onde ocorria a reunião. Harper deixou o Parlamento momentos depois e está seguro.
Apesar de a causa do incidente ainda não estar clara, há temores de que o Canadá, que é um forte aliado dos EUA, tenha sido alvo de uma conspiração terrorista.
Michel Comte/AFP | ||
Equipe médica coloca soldado ferido em ambulância após ataque a tiros em Ottawa, Canadá |
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que ainda não há informações sobre a motivação do atirador ou se o caso faz parte de uma rede mais ampla. De acordo com Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, os EUA ofereceram ajuda ao Canadá.
O ataque acontece um dia depois que um soldado morreu atropelado por um suposto extremista islâmico em Saint-Jean-sur-Richelieu, na Província de Québec.
Também na terça (21), o Canadá elevou o seu nível de ameaça de terrorismo para médio por causa de um aumento na atividade de facções radicais como o Estado Islâmico e a Al Qaeda, segundo uma autoridade do governo.
O Canadá faz parte da coalizão de países liderada pelos EUA que realiza ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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