Israel é suspeito em morte de cientistas sírios
Não poderia haver terreno mais propício -os sangrentos subúrbios de Damasco, avassalados pela guerra civil que convulsiona há meses a Síria- para que uma matança viesse a ser consumada: nada menos do que cinco dos principais cientistas nucleares do país foram assassinados por desconhecidos.
Esses homens eram a nata da pesquisa nuclear síria e estavam sendo cooptados pelo governo do Irã para integrar projetos em desenvolvimento na área atômica.
Como sempre ocorre nesses casos, dedos árabes e iranianos apontam para o Mossad, serviço secreto de Israel, como autor. Os israelenses, como é de praxe, jamais se manifestam.
Os cientistas foram vítimas de uma explosão que atingiu o carro em que viajavam. Em setembro de 2007, outro cientista nuclear sírio foi atacado em Deir E-Zor, no noroeste do país. Na ocasião, o ataque foi atribuído à Força Aérea de Israel.
Não é de hoje que as tentativas de árabes e iranianos de explorarem a energia atômica para fins militares têm sido alvo de ataque diretos de Israel.
Por obra dos israelenses, o programa nuclear do Irã, assim como o do Egito no tempo do presidente Gamal Nasser e o da Síria em época mais recente, vêm sofrendo reveses.
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