Egito condena 183 islamitas à morte por assassinato de policiais
A Justiça egípcia condenou nesta segunda (2) 183 islamitas à morte pelo assassinato de ao menos 13 policiais em um ataque realizado em agosto de 2013 à delegacia de Kerdasa, cidade a cerca de 15 km da capital do país, Cairo.
O tribunal já havia recomendado a decisão em 2 de dezembro. A corte, porém, precisava ouvir o posicionamento do mufti Shauqui Alam, a mais alta autoridade religiosa do país, antes de proferir a sentença. Alam deu seu aval à pena de morte.
Segundo as autoridades, o ataque foi planejado pela Irmandade Muçulmana após a polícia desmontar acampamentos de manifestantes nas praças Rabaa al-Adauiya e Al-Nahda, no Cairo, que protestavam contra a deposição do presidente eleito Mohammed Mursi em julho daquele ano. Dezenas de pessoas foram mortas na ocasião.
Nos últimos meses, centenas de pessoas foram condenadas à morte no Egito. No entanto, as decisões costumam ser revertidas em apelações para anos de prisão, e as execuções não são frequentes no país.
Desde o golpe militar que derrubou Mursi da Presidência egípcia, em julho de 2013, as autoridades vêm perseguindo os integrantes e simpatizantes da Irmandade Muçulmana, sob justificativa de que o grupo é uma facção terrorista.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis