Presidente do BC na gestão Kirchner diz que integrará equipe de Macri
O economista Alfonso Prat-Gay confirmou nesta quarta (25) que integrará a equipe econômica do novo presidente argentino, Mauricio Macri.
O economista, que foi presidente do Banco Central durante a gestão de Néstor Kirchner (2003-2010), reuniu-se nesta terça (24) com o eleito, em sua casa.
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Alfonso Prat Gay, que fará parte da equipe econômica de Madri, em entrevista em outubro |
A equipe de Macri informou que anunciará oficialmente os nomes em entrevista coletiva às 17h (18h em Brasília) desta quarta (25).
O gabinete econômico de Macri será integrado por seis ministros, que formarão uma espécie de força-tarefa na área.
Além da pasta de Fazenda e Finanças –que, provavelmente, ficará a cargo de Prat-Gay–, cinco outros ministros se ocuparão das áreas de Trabalho, Transporte e Infraestrutura, Produção, Agricultura e Energia.
Segundo o jornal "La Nación", Prat-Gay adiantou, ao sair da reunião com o novo presidente, que enviará ao Congresso um pacote de projetos de lei na área econômica logo após a posse de Macri, em 10 de dezembro.
O economista reafirmou que pretende eliminar as restrições à compra de dólares e despesas em moeda estrangeira. "A promessa do presidente eleito é fazê-lo o antes possível", afirmou Prat-Gay.
TRANSIÇÃO CLANDESTINA
O futuro chefe de gabinete de Macri, Marcos Penã, afirmou nesta terça, em entrevista à rádio Mitre, que o governo de Cristina tenta conduzir uma transição de maneira "clandestina ou oculta".
A afirmação foi feita após o atual chefe de ministros de Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, dizer que Peña se recusou a se reunir com ele para tratar da transição.
Segundo o ministro, Peña teria se negado a fazer uma reunião privada e que a orientação de Macri era que os encontros entre os representantes do atual governo e da equipe de Macri fossem públicas.
"Cristina nos disse que não vai haver uma transição, uma foto ou um gesto de respeito ao presidente eleito. Em seguida nos avisam que a reunião entre o [atual] chefe de gabinete e o sucessor seria clandestina, meio oculta... Estamos muito ocupados, trabalhando para formar o novo governo para fazer reuniões secretas. Seria uma falta de respeito aos argentinos. Nós pretendemos fazer reuniões à luz do dia, fazemos as coisas assim, talvez eles não", disse Peña.
Em entrevista ao canal de TV "Todo Notícias" na noite de terça (24), Macri disse que a reunião entre ele e Cristina, na residência oficial de Olivos, horas antes não tinha valido a pena.
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