Acordo sobre clima precisa diferenciar países ricos de pobres, diz líder chinês
O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta segunda (30) que um acordo climático global precisa levar em conta as diferenças entre economias estabelecidas e em desenvolvimento, bem como incluir mecanismos de ajuda aos países mais pobres para o combate ao aquecimento.
A China, maior emissora de gases do efeito estufa no mundo, sempre insistiu que nações desenvolvidas deveriam ter maior responsabilidade pelo aquecimento do planeta, e as economias emergentes precisavam de liberdade para desenvolvimento.
"É importante respeitar as diferenças entre países, especialmente entre os países em desenvolvimento", disse Xi durante a cúpula da ONU em Paris sobre o clima, a COP21.
"Combater a mudança climática não deve negar as necessidades legítimas dos países em desenvolvimento de reduzir a pobreza e melhorar o padrão de vida", afirmou o líder chinês.
Xi participou de um encontro bilateral com o presidente dos EUA, Barack Obama, antes da abertura da conferência.
A questão da divisão de responsabilidades entre os países pobres e os desenvolvidos —estes últimos, que usaram combustíveis fósseis para construir sua riqueza— é um dos pontos-chave da cúpula.
O Protocolo de Kyoto, último acordo climático estabelecido, assinado em 1997, impunha cortes de emissões somente às nações mais ricas.
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