Rubio e Cruz se opõem a acordo com Cuba
A relação entre Estados Unidos e Cuba caminha para um clímax, mas dois "filhos da ilha" prometem, se eleitos, esfriar os ímpetos.
Em uma semana, Barack Obama fará a primeira visita de um presidente americano ao país em 88 anos. Esse será o ponto alto da reaproximação, iniciada em 2014, com o regime de Raúl Castro.
Stringer-14.ago.15/Reuters | ||
Pela primeira vez em 54 anos, a bandeira americana é hasteada na Embaixada dos EUA em Havana |
Os presidenciáveis republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, ambos filhos de cubanos, pretendem reverter os esforços do presidente, os quais a maioria da população americana aprova.
"A única coisa que mudou com a abertura é que agora o governo cubano tem mais fontes de dinheiro para reforçar seu aparato repressivo e se manter [no poder] permanentemente", criticou o senador Marco Rubio, da Flórida, em debate nesta semana, em Miami.
Cruz não apenas defende a anulação da reaproximação com Cuba, que para ele legitima violações de direitos humanos. O senador pelo Texas promete ainda reverter as tentativas de Obama para flexibilizar a lei imigratória do país.
"Vamos construir um muro, triplicar a patrulha na fronteira e cortar o financiamento das cidades que desafiarem as leis federais de imigração", disse Cruz.
Líder
O empresário Donald Trump, que promete deportar os quase 12 milhões de imigrantes sem documentos e chamou mexicanos de "criminosos" e "estupradores", posicionou-se "em algum lugar no meio" do caminho na discussão sobre Cuba.
"Não concordo muito com o presidente Obama", disse. "Eu negociaria um acordo melhor, porque, da forma como está, Cuba se beneficia."
Líder na disputa pela candidatura republicana no país e na Flórida, que realizará prévias na terça-feira (15), o empresário empolga cubanos no Estado.
"Trump diz o que precisa ser dito. Ele entende as pessoas cansadas do papo furado dos políticos", afirma o estudante Ryan Fernandez, 17, neto de cubanos.
"Ele não usa filtros para agradar as multidões", concordou seu amigo Jeffrey Cabanzon, 17, que nasceu em Cuba e se mudou com um ano de idade para Miami. "E, além do mais, imigrantes ilegais têm mais benefícios que os veteranos que serviram o nosso país."
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