Bélgica captura suspeitos de atentados de Paris e Bruxelas
A polícia da Bélgica prendeu nesta sexta-feira (8) o belga Mohamed Abrini, 31, suspeito de ter auxiliado os autores dos atentados de Paris. Os agentes ainda investigam se está ligado aos ataques em Bruxelas, em 22 de março.
Abrini foi um dos cinco presos em uma operação da polícia belga. Ele foi visto ao lado de Salah Abdeslam —preso há duas semanas e único vivo entre os autores dos ataques de Paris— em um posto de gasolina de Ressons, na França, dois dias antes do crime.
Divulgação/Police Fédérale Belge | ||
Imagens de Abrini captadas pela câmera do posto de gasolina em Ressons, no norte da França |
Segundo o promotor Eric Van der Sypt, os agentes investigam se Abrini é a terceira pessoa que está ao lado de dois homens-bomba que atacaram o aeroporto de Zaventem, o chamado "homem de chapéu".
Os investigadores também vão comparar o DNA de Abrini com os vestígios encontrados dentro do Renault Clio usado nos ataques de Paris e no apartamento usado por Salah Abdeslam no bairro de Forest, na capital belga.
Outro dos suspeitos presos foi identificado como Osama Krayem. De acordo com os policiais, ele é visto em câmeras de segurança ao lado de Khalid el-Bakraoui, terrorista que se explodiu no metrô de Bruxelas, pouco antes do atentado.
Krayem também foi filmado por câmeras de segurança em um shopping da cidade em que foram compradas as bolsas usadas pelos homens-bomba. Os detalhes sobre os outros suspeitos ainda não foram divulgados.
NOVAS IMAGENS
A operação acontece um dia após as autoridades belgas divulgarem imagens do suspeito conhecido como "homem do chapéu" e detalhes sobre o trajeto que ele fez depois de deixar o aeroporto de Zaventem.
A ligação de Abrini com os ataques de Paris nunca ficou clara, assim como sua relação com as ações em Bruxelas. Em meados do ano passado, ele viajou à Síria, onde teria se unido à facção terrorista Estado Islâmico.
O irmão do suspeito morreu no país árabe em 2014 e era membro de uma brigada francófona da milícia. Ele também teria relações com Abdelhamid Abbaoud, considerado o mentor dos ataques de Paris, morto em 18 de novembro.
Abrini era amigo de infância de Salah Abdeslam e de seu irmão, Brahim, homem-bomba que se explodiu em frente ao café Voltaire, um dos locais atingidos durante os atentados na capital francesa.
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