Refugiado mata mulher com facão em 3º ataque na Alemanha em 1 semana
Nonstop/Associated Press | ||
Nesta reprodução de vídeo, policiais cercam área onde homem atacou uma mulher em Reutilingen |
Um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e deixou outras duas pessoas feridas com um facão na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha, afirmou um porta-voz da polícia.
Os investigadores dizem que não há evidências de que o ataque seja ligado a algum grupo terrorista. De acordo com o porta-voz, o homem, que buscava asilo na Europa, já esteve envolvido em outros delitos. Ele não informou, contudo, quando ele chegou à Alemanha e quando os incidentes anteriores ocorreram.
Aparentemente, o homem agiu sozinho. Segundo o porta-voz, uma testemunha viu o agressor, cujo nome não foi divulgado, discutindo com a mulher antes de atacá-la. Este é o terceiro ataque em menos de uma semana na Alemanha e o quarto na Europa em dez dias.
Na sexta-feira (22), Ali David Sonboly, jovem de 18 anos com dupla nacionalidade –alemã e iraniana–, atirou em um shopping de Munique, deixando nove mortos e 35 feridos. O jovem cometeu suicídio após o ataque. Segundo a polícia, ele não tinha vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico.
Em uma busca no apartamento de Sonboly, a polícia descobriu que ele era obcecado por massacres. Em coletiva de imprensa, o chefe da polícia, Robert Heimberger, afirmou que o jovem planejou o ataque durante um ano.
Já no dia 18, um homem armado com um machado e uma faca feriu quatro pessoas em um trem na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha.
O agressor, um adolescente afegão de 17 anos que buscava asilo na Europa, foi morto pela polícia. Horas depois, o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque no trem. "O responsável pelo esfaqueamento na Alemanha era um dos combatentes do Estado Islâmico e desencadeou a operação em resposta ao chamamento para atacar países da coalizão que luta contra o EI", disse um comunicado publicado pela Amaq, ligada à facção terrorista.
Antes do ataque, o jovem de 17 anos publicou um vídeo nas redes sociais, no qual pede para que outros cometam ataques. "Se você não pode ir ao Iraque ou à Síria, o mínimo que você pode fazer é matar esses infiéis nos países em que você vive", diz, em pashto, uma das línguas principais do Afeganistão.
Após os ataques, as autoridades alemãs pediram maior controle na venda de armas. "Temos de continuar fazendo todo o possível para limitar e controlar rigorosamente o acesso a armas letais", disse o vice-chanceler Sigmar Gabriel à corporação Funke, que possui uma série de jornais alemães.
Antes, no dia 14, 84 pessoas morreram ao serem atropeladas por um caminhão que avançou de forma deliberada sobre um multidão que assistia à queima de fogos na orla de Nice, no sul da França, comemorando a Queda da Bastilha. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado de Nice dois dias depois e declarou que o autor do ataque, o terrorista tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, era seu "soldado", embora ele não estivesse na lista de suspeitos dos serviços de inteligência da França.
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