Turista chinês vira refugiado por acidente na Alemanha
Por um engano, um mochileiro chinês acabou parando num abrigo para refugiados na Alemanha.
Após assinar um formulário de pedido de refúgio em vez de um boletim de ocorrência, o turista passou quase duas semanas num abrigo no estado alemão de Nordrhein-Westfallen.
Kai Pfaffenbach - 24.dez.2015/Reuters | ||
Crianças migrantes participam de evento em campo de refugiados de Hanau, na Alemanha |
O requerente de refúgio por acidente foi levado em um ônibus cheio de refugiados de Dortmund para Dülmen e logo chamou atenção. "Ele era tão diferente dos demais. Muito, muito desamparado", conta Christoph Schlütermann, diretor da Cruz Vermelha.
Devido ao comportamento curioso do chinês e suas tentativas de chamar atenção, Schlütermann usou um aplicativo de tradução para estabelecer contato com ele. "Então apareceram frases como: 'Quero passear no exterior'." Aos poucos, ficou claro que o homem de 31 anos não queria se refugiar na Alemanha, mas sim fazer turismo na França e na Itália.
Um funcionário de um restaurante chinês da cidade serviu de intérprete e traduziu o que o homem relatou em mandarim sobre a sua odisseia.
Pouco depois de chegar à cidade alemã de Stuttgart, ele deu falta da carteira. Em vez da polícia, ele acabou num órgão público em Heidelberg, que lhe entregou o formulário de requerimento de refúgio. Então, o homem foi levado a um centro de triagem em Dortmund, onde verificaram seu passaporte, visto e impressões digitais e depois o encaminharam para o abrigo.
"De repente ele estava em nosso sistema e foi tratado como qualquer outro requerente de refúgio", confirmou um porta-voz. "Ele simplesmente fez o que lhe disseram", afirma Schlütermann.
Demorou 12 dias para que a história do chinês fosse desvendada. "Meus funcionários ligaram para vários consulados, ninguém o conhecia", conta. A situação ficou ainda mais complicada porque o visto do turista havia sido arquivado incorretamente pelas autoridades competentes e, de início, não foi encontrado no sistema. Somente quando lhe foram providenciados documentos provisórios, ele pode seguir viagem.
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