Futuro secretário de Justiça dos EUA é conhecido por discurso anti-imigração
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu o senador republicano Jeff Sessions para ser seu secretário de Justiça. Ao optar por Sessions para o cargo, que também inclui a função de procurador-geral, Trump coloca um aliado cujos discursos linha-dura e muitas vezes inflamados sobre imigração são similares aos seus.
Sessions se opõe a qualquer forma de concessão de cidadania a imigrantes ilegais e foi um defensor entusiástico da promessa de campanha de seu futuro chefe de construir um muro na fronteira com o México. Ele também postulou a favor de limites à imigração legal argumentando que esta reduz os salários dos trabalhadores norte-americanos.
Jewel Samad/AFP PHOTO | ||
O senador Jeff Sessions, escolhido por Trump para o cargo de secretário de Justiça dos EUA |
Ex-procurador-geral do Alabama, Sessions já questionou se suspeitos de terrorismo deveriam receber a proteção do sistema judiciário americano, além de ser contra o encerramento do centro de detenção de Guantánamo, em Cuba.
Em 1986, Sessions se tornou apenas o segundo candidato em 50 anos a ter confirmação negada como juiz federal após acusações de que teria feito comentários racistas. Entre as acusações está a de ter chamado um procurador negro de "garoto", uma acusação que Sessions nega.
Ele disse não ter sido racista, mas, em sua audiência, afirmou que grupos como a Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor e a União Americana de Liberdades Civis podem ser considerados "não americanos".
Jeff Sessions foi eleito procurador-geral do Alabama em 1995 e se juntou ao Senado dois anos depois.
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