Diretor do FBI será investigado por caso dos e-mails de Hillary
Joshua Roberts - 9.dez.2015/Reuters | ||
O diretor do FBI, James Comey, depõe em comitê do Senado dos EUA |
O Departamento de Justiça dos EUA anunciou nesta quinta (12) que vai abrir uma investigação sobre as ações do próprio departamento e do FBI nos meses antes das eleições de 2016, inclusive sobre decisões de James Comey, diretor do FBI.
Democratas culpam Comey e a forma como ele conduziu a investigação sobre o uso de e-mail privado pela candidata Hillary Clinton, dizendo que isso pode ter lhe custado a eleição. No final de outubro, Comey divulgou uma carta sobre o caso em que dizia que novas mensagens estavam sendo investigadas.
O inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, afirmou que investigaria se protocolos do departamento e do FBI foram seguidos por Comey no caso.
Uma das ações investigadas é a entrevista coletiva dada por Comey em julho de 2016, na qual ele disse que o FBI não recomendaria que Hillary fosse acusada de nenhum crime, mas afirmou que a candidata e sua equipe foram "extremamente descuidados".
O departamento também vai investigar duas cartas enviadas por Comey ao Congresso sobre o caso dias antes das eleições de 2016.
Clinton e sua equipe dizem que o fato de Comey ter mencionado "novos e-mails" –achados em laptop pertencente a Anthony Weiner, marido de Huma Abedin, então assessora de Hillary– prejudicaram a candidata democrata em vários Estados na votação.
Dois dias antes das eleições, em 6 de novembro, Comey disse que a análise dos e-mails encontrados com Weiner não havia trazido nenhum novo indício contra Hillary.
CRÍTICAS
O diretor do FBI sofreu críticas por divulgar a existência dos novos e-mails a poucos dias das eleições. Em carta a Comey encabeçada pelo ex-secretário de Justiça Eric Holder, 99 procuradores federais criticaram o chefe do FBI pela decisão, que chamaram de "convite a especulação considerável do público".
Na carta, os procuradores se dizem "perplexos" com o comportamento de Comey, que consideram "sem precedentes" e uma ameaça à imagem de independência do sistema judiciário.
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