Recontagem de votos no Equador ratifica vitória de candidato governista

DA AFP

A inédita recontagem de 11,2% dos votos do segundo turno da eleição presidencial de 2 de abril no Equador, transmitida pela TV estatal e considerada pela oposição como uma "farsa", confirmou nesta terça-feira (18) a vitória do governista Lenín Moreno.

"Concluímos a recontagem dos votos e com isto ratificamos os resultados proclamados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Revisamos 3.865 atas, que representam aproximadamente 1.275.450 votos, e a estas se somaram 300.000 votos recontados nas juntas provinciais, e o único que fizemos foi confirmar a vontade cidadã", disse o presidente do CNE, Juan Pablo Pozo.

A recontagem exigiu cerca de 13 horas e ocorreu em um ginásio de esportes do norte de Quito. No local, centenas de funcionários do CNE abriram as urnas impugnadas a pedido do candidato opositor Guillermo Lasso, que ignora a vitória de Moreno.

O evento foi transmitido ao vivo do Coliseu Rumiñahui pelos canais de TV estatais, na presença de observadores da OEA e da Unasul.

Ao final, o CNE proclamou novamente a vitória de Moreno, que após a recontagem obteve 5.062.018 votos ou 51,16%, contra 4.833.389 votos ou 48,84% para Lasso.

Moreno assumirá o poder no dia 24 de maio, no lugar de Rafael Correa, no poder desde 2007.

Antes da recontagem, Moreno aparecia com 51,15% dos votos, contra 48,85% para Lasso.

Ex-executivo do setor bancário e candidato de direita, Lasso classifica as eleições de "fraudulentas", denunciando todo tipo de irregularidade, entre elas "um apagão" no site do CNE que exibia a contagem em tempo real.

Correa atribuiu o "apagão" no site a "ataques de hackers dos EUA" como um "plano da direita para gerar o caos".

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