Em crise diplomática, países do Golfo exigem que Qatar rompa laços com Irã
AFP | ||
Prédios na região central de Doha, a capital do Qatar |
A Arábia Saudita e outros países do Golfo apresentaram nesta sexta-feira (23), noite de quinta no Brasil, uma lista de exigências ao Qatar, com quem romperam relações diplomáticas há cerca de duas semanas acusando o país de financiar o terrorismo.
Dentre as exigências, pede-se que o Qatar corte relações com o Irã, encerre a emissora Al Jazeera e feche uma base militar que a Turquia mantém no país.
O isolamento do Qatar foi deflagrado em 5 de junho. Impulsionada pela Arábia Saudita, a decisão de romper laços diplomáticos e comerciais foi seguida por Egito, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
As Maldivas, um arquipélago localizado no oceano Índico, e o governo da Líbia sediado no leste do país –que não é reconhecido internacionalmente– também se uniram no boicote. O Kuait assumiu um papel intermediário, buscando mediar a crise diplomática.
Ao romper com o Qatar, os regimes da região acusaram o país de apoiar organizações como Al Qaeda, Estado Islâmico e Irmandade Muçulmana, grupo considerado "terrorista" pelo Egito e os países do Golfo.
Além disso, esses países viam com maus olhos a recente aproximação do Qatar com o Irã, grande rival religioso e econômico da Arábia Saudita.
Historicamente, o Qatar ocupa um lugar à parte na região, com sua própria política regional.
Analistas externos veem o boicote ao Qatar como uma tentativa de barrar a crescente autonomia do país e reinseri-lo na esfera de influência saudita.
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