Sanções da ONU são um ato de guerra, diz chanceler da Coreia do Norte
Miguel Guzmán Ruíz - 22.nov.2017/Xinhua | ||
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, durante visita a Havana |
As últimas sanções das Nações Unidas contra a Coreia do Norte são um ato de guerra e equivalem a um bloqueio econômico completo, disse o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte
Ri Yong-ho, neste domingo (24), ameaçando punir aqueles que apoiarem a medida.
O Conselho de Segurança da ONU, por unanimidade, impôs novas sanções à Coreia do Norte na sexta-feira (22) pelo seu recente teste de mísseis balísticos intercontinentais, buscando limitar seu acesso a produtos petrolíferos refinados, petróleo bruto e seus ganhos de trabalhadores no exterior.
A resolução da busca proibir cerca de 90% das exportações de petróleo refinado para a Coreia do Norte, limitando-os a 500 mil barris por ano e, em uma mudança de último minuto, exige o repatriamento de norte-coreanos que trabalham no exterior dentro de 24 meses, em vez de 12 meses como anteriormente proposto.
"Nós definimos essa resolução de sanções manipulada pelos Estados Unidos e seus seguidores como uma violação grave da soberania da nossa República, como um ato de guerra que viola a paz e a estabilidade na península coreana e na região", disse Yong-ho.
A nova resolução equivale a um total bloqueio econômico do país, segundo o ministério.
FORÇA NUCLEAR
A resolução elaborada pelos EUA também cobre os fornecimentos de petróleo bruto para a Coreia do Norte em 4 milhões de barris por ano e compromete o Conselho se Segurança da ONU a reduzir ainda mais se a Coreia do Norte realizar outro teste nuclear ou lançar outro míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês).
Em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA, Ri Yong-ho disse que os Estados Unidos ficaram aterrorizados com a força nuclear da Coreia do Norte e ficaram cada vez mais frenéticos com os movimentos para "impor as sanções mais severas e a pressão sobre o nosso país".
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, declarou que a força nuclear norte-coreana está completa após o maior teste de ICBM do país que coloca todos os Estados Unidos dentro de seu alcance.
Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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