Leitor critica propostas de professora da PUC para melhorar educação no país
Não concordo com as ideias expostas pela professora da PUC-SP Maria Alice Setubal em "Tendências/Debates" (27/3). Essa tentativa de incentivo ao mundo da informática --ou, ainda, ao mundo da internet-- como possível recuperação do valor perdido da educação não é salutar à realidade da educação brasileira.
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Problemas centrais --como a má remuneração dos professores, as salas superlotadas, as péssimas instalações e a violência nas escolas-- são emergenciais e, por isso, merecem a concentração de esforços para resolvê-los. É claro que qualquer recurso ligado à informática e ao uso da internet é importante, mas não é condição indispensável para a reestruturação da educação no país.
A professora deveria privilegiar outras causas para defender. Setubal fez uma análise que permite entender o seu viés neoliberal, ao apoiar o aprimoramento dos estudantes para as organizações --ou seja, trabalhadores aptos a compreender o mundo globalizado. Todavia, a aula expositiva --que ela chamou de simplista-- ajudou na formação de grandes intelectuais na história, que não tiveram a oportunidade de conhecer um computador.
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