Coleção Folha traz filme baseado em obra provocadora de Marguerite Duras
Uma mulher à frente do seu tempo e também do espaço protagoniza "O Amante", filme da "Coleção Folha Grandes Livros no Cinema" que vai às bancas em 10/11.
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Talvez seja melhor dizer uma adolescente, filha de franceses, nascida no começo do século 20 na Indochina (atual Vietnã).
O vanguardismo da garota está na forma despudorada como lida com o sexo com um homem bem mais velho e, pior ainda para a racista sociedade colonial, chinês.
O longa de 1992 do francês Jean-Jacques Annaud --de outras superproduções como "Círculo de Fogo", "Sete Anos no Tibet" e "O Nome da Rosa"--, leva às telas a obra de sua conterrânea Marguerite Duras (1914-1996).
Divulgação | ||
Jane March e Tony Ka Fai em cena de "O Amante" (1992), adaptação de Jean-Jacques Annaud para a obra de Marguerite Duras |
O romance de 1984 deu a Duras o estrelato mundial. O livro vendeu horrores, impulsionado pela verdade que emanava de suas páginas.
Como boa parte de sua obra, "O Amante" traz muito da vida da autora e cineasta, nascida e criada no Sudeste Asiático.
Livro e filme reproduzem o despertar do sexo, os conflitos familiares, o interesse da garota (a modelo inglesa Jane March, estreando no cinema) pela prostituição e o desejo de escrever.
O tom literário da adaptação é reforçado pela narração de Jeanne Moreau. A atriz da nouvelle vague era amiga de Duras e atuou em filmes da francesa ou baseados em sua obra. Cantaram juntas a simpática canção "Rumbe des Îles". O tema? Cores, cheiros e amores. Da Ásia, claro.
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