Procuradoria acusa Matilde Ribeiro de improbidade por uso indevido do cartão corporativo
O MPF-DF (Ministério Público Federal) propôs ação de improbidade administrativa contra a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) por uso indevido do cartão corporativo. Desgastada pelas denúncias de irregularidades no uso do cartão corporativo, Matilde se afastou do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de fevereiro último.
Na ação, o MPF pede que Matilde devolva cerca de R$ 160 mil aos cofres públicos. O MPF alega que o cartão foi usado para despesas que deveriam ter sido licitadas, como locação de veículos e hospedagem. Os gastos ocorreram entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007.
Em março, a CGU (Controladoria-Geral da União) determinou que Matilde devolvesse R$ 2.920,15 aos cofres públicos. Na ocasião, a CGU informou que a ex-ministra já devolveu R$ 2.815,35.
Uma auditoria da CGU concluiu que dos R$ 171.556,09 gastos pela ex-ministra com o cartão corporativo em 2007, R$ 22.405,87 não foram suficientemente justificados até o momento.
A procuradora da República Ana Carolina Roman, autora da ação, afirma que o cartão corporativo só pode ser utilizado em caso de despesas excepcionais e imprevistas.
Na ação, a procuradora diz que dos R$ 171 mil gastos por Matilde, mais de R$ 127 mil foram usados com locação de veículos. Desse total, 94% foi pago a uma única empresa. Para a procuradora, o gasto não se enquadra nas hipóteses de uso do cartão e deveria ter sido, necessariamente, objeto de licitação.
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