Crivella usa mãe para pedir votos na zona sul do Rio e defende vereador convocado por CPI
O candidato do PRB à Prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Crivella saiu hoje em defesa do vereador e candidato à reeleição Luiz André Ferreira da Silva (PR), o Deco --convocado ontem a depor pela CPI das Milícias na Alerj (Assembléia Legislativa do Rio). Crivella disse que vai continuar fazendo campanha com Deco.
Em ocasião anterior, Crivella chamou o integrante de sua coligação --suspeito de ligação com um grupo paramilitar que age em Jacarepaguá (zona oeste) -- de "iluminado".
"O Deco é um candidato aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Se errou, tem que pagar, mas no caso dele tenho convicção de que sairá de cabeça erguida. Não é bom condenar antes de investigar", disse Crivella, que pretende continuar a fazer campanha com o correligionário.
Crivella mudou sua estratégia de campanha e inaugurou nesta quarta-feira um comitê eleitoral na zona sul, área da cidade onde tem os maiores índices de rejeição. Para o evento, em Copacabana, levou até a mãe, Eris Bezerra Crivella, que mora no bairro.
A mãe de Crivella disse que se sente "triste" ao ler notícias negativas sobre o filho. "Me sinto triste. Qualquer mãe se sente, mas fico confiante em Deus. Sei o filho que eu tenho. Nada dessas coisas atinge a moral dele", disse.
Ela também declarou que vai agradecer a Deus mesmo se Crivella for derrotado. "Se ele for eleito, glória do Senhor. Se não for a gente também agradece ao Senhor. Deus não erra nunca."
Já Crivella disse que a campanha chegou á zona sul. "O que nós plantamos visitando a casa das pessoas agora estamos colhendo. Conquistamos a confiança dos eleitores. Quero estabelecer uma presença mais constante, mais próxima da zona sul", disse.
Demissões
Crivella confirmou a demissão de 14 funcionários do seu gabinete de senador. A medida teria sido adota para que eles fizessem campanha sem acusação de uso da máquina pública na campanha. O candidato pretende readmiti-los após as eleições.
O candidato negou que Adriana Crivella, funcionária de seu gabinete, seja sua parente. "A família Crivella é como Silva na Itália. A Adriana Crivella não é minha prima, irmã, filha, tia, sobrinha. Não tem nenhum grau de parentesco comigo. Nunca empreguei parente porque sou contra o nepotismo"
Bispo da Igreja Universal, Crivella negou uma "hegemonia" sobre os eleitores evangélicos e lamentou a baixa participação dos "irmãos" na política. "Entre 40% e 50% dos evangélicos votam Crivella. Mas muitos também acham que não devem participar do processo político, para minha amargura. Eles têm uma parcela importante na construção da nova sociedade brasileira."
Sobre a conversa com o filho do prefeito Cesar Maia (DEM), Rodrigo Maia (DEM), o senador afirmou que qualquer pergunta sobre aliança no segundo turno deve ser feita ao DEM. "Você tem que perguntar para o DEM, e não para mim. Eu divergi durante seis anos do antigo PFL no plenário do Senado. Como candidato a prefeito do Rio tenho um programa de governo. Aqueles que quiserem aderir serão bem vindos."
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