Polícia faz megaoperação contra candidato a deputado suspeito de elo com PCC
A Polícia Civil de São Paulo começou às 6h desta quarta-feira uma megaoperação contra o ex-presidiário Claudinei Alves dos Santos, 30, o Ney Santos, candidato a deputado federal pelo PSC (Partido Social Cristão) e investigado sob a suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Santos já cumpriu pena por roubo e saiu da prisão em 2006. Em 2003, o agora político Ney Santos foi preso em flagrante quando roubou malotes de uma transportadora de valores de Marília (435 km de São Paulo). No crime, ele portava uma metralhadora 9 mm, segundo a polícia.
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Polícia faz megaoperação contra candidato a deputado suspeito de elo com PCC |
Por ordem da juíza Denise Vieira Moreira, de Taboão da Serra, cem policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão nos municípios de Cotia, Santana de Parnaíba, Barueri, Itapevi, Embu e Taboão, todos na região metropolitana de SP. Foram apreendidos em um escritório do candidato documentos de uma Ferrari F430 --um dos carros que, segundo a polícia, é usado em sua campanha. O veículo também foi apreendido.
A magistrada também determinou o bloqueio das contas bancárias, as empresas e outros bens em nome de Santos e de dois parentes dele apontados como seus "laranjas" --Michele de Souza Lima e Ricardo Luciano Andrade dos Santos, ex-frentistas de postos de combustível de propriedade de Santos. A casa do candidato, em um condomínio de luxo em Alphaville (uma das áreas mais valorizadas do Estado de SP), também é alvo da operação policial. A residência é avaliada em cerca de R$ 2 milhões.
De acordo com investigação da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, Santos é suspeito de usar uma rede de 15 postos de gasolina, uma factoring (empresa que presta financiamentos e empréstimos), uma ONG e "laranjas" para lavar dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Há suspeita também de que ele use os postos para vender combustível "batizado" --misturado com água.
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Ferrari utilizada pelo candidato a deputado Ney Santos, suspeito de elo com o PCC, apreendida pela Polícia Civil |
Dentre as empresas onde os policiais civis buscam documentos que possam comprovar a ligação de Santos com a facção criminosa PCC está a Kelph Factoring Fomento Comercial Ltda.
A factoring está registrada em nome de Piter Aparecido dos Santos, conhecido como Pepê, e outro investigado pela polícia sob a suspeita de promover negócios ilegais com o candidato Santos.
Um policial civil conhecido como Fernandinho e que trabalha na região da zona sul de São Paulo é um dos responsáveis pela escolta pessoal de Santos.
Esse mesmo policial distribui cartões com a sua foto e a do candidato, a quem diz apoiar.
Até o momento, a reportagem não conseguiu localizar Santos nem seus advogados de defesa, assim como os de Piter Santos, Michele Lima e de Ricardo Santos.
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