PM de SP usa bombas contra protestos na Câmara e na Assembleia
Policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispensar manifestantes que protestavam em frente à Câmara Municipal de São Paulo. Tiros de bala de borracha também foram disparados pelos PMs.
O ato, que ocorreu nesta quarta-feira, era um protesto contra o cartel em licitações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Manifestantes também jogaram pedras em policiais que se postaram em frente à Casa. Uma vidraça foi quebrada.
Antes do confronto, 16 manifestantes foram autorizados pela Polícia Militar a entrar na Câmara. Eles subiram até o oitavo andar e discutiram com o vereador e presidente da Casa José Américo (PT).
Na Assembleia Legislativa, que fica na região do Ibirapuera, policiais militares também usaram bombas para dispensar o protesto. Ao menos três pessoas ficaram feridas e foram atendidas no centro médico da Assembleia.
Um deles será transferido para o Hospital São Paulo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), para uma avaliação oftalmológica.
Ao ser atendida no local, a militante Ednalva Franco contou ter sido atingida por um tiro de borracha. O comandante da operação, Sérgio Watanabe, negou o uso do recurso e disse que Ednalva pode ter sido atingida por estilhaços de bombas de efeito moral.
Watanabe afirmou, ainda, que a PM usou apenas cinco bombas para conter manifestantes que forçavam a entrada na Assembleia.
Protestos em São Paulo contra cartel
PROTESTO
No centro de São Paulo, cerca 3.000 pessoas participaram de um ato contra o cartel do metrô e o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).
Uma catraca e um boneco de Alckmin foram queimados em frente à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, no centro da cidade.
Após a concentração no Vale do Anhangabaú, o grupo começou a marchar. Houve interdições nos viadutos do Chá e Brigadeiro Luís Antônio.
Manifestantes exibiam faixas de protesto contra o governador.
O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Metroviários e tem o apoio do Movimento Passe Livre (MPL), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de militantes do PT.
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