Lula não vai bater diretamente em Marina na campanha, diz líder do PT
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta sexta-feira (5) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende "bater" na presidenciável Marina Silva (PSB). A candidata, que ganhou musculatura política e passou a ser a principal adversária da presidente Dilma Rousseff na disputa pelo Planalto, tem sido alvo de críticas e ataques mais contundentes de seus adversários nesta semana.
A um mês das eleições, a cúpula do PT se reúne nesta sexta em um hotel de São Paulo para discutir o cenário eleitoral. O ex-presidente Lula também fará um evento no início da noite com a militância, em uma ofensiva para engajar petistas na reta final.
Segundo Costa, Lula ficaria desconfortável em desconstruir diretamente Marina Silva, sua ex-ministra, por isso, tem optado por alfinetar a adversária.
"Lula não vai bater nela diretamente, mas faz o debate político", disse o petista. "Ele se sente desconfortável, tem uma relação de amizade, de respeito com ela", completou.
Com o empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff e Marina nas pesquisas de intenção de votos, o PT tem apostado na "estratégia do medo" para desgastar a imagem da adversária ao vincular a ela o risco de um governo instável e defensor de propostas que trariam retrocesso econômico e social.
A propaganda do PT chegou a compará-la com Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, presidentes que não concluíram o mandato.
Para o líder, o PT fará agora um debate de projetos para o Brasil, enfrentando as contradições da adversária. "Não é a tática do medo, é a nossa tática da verdade para fazer o debate político com as posições da Marina que começam a aparecer seja por ela ou pelo programa, confrontando as ideias."
Ele afirmou que a comparação com Collor e Jânio pode não ser tão eficiente.
"Usar o exemplo da figura [dos ex-presidentes] pode não ser tão eficiente. Acho que o que tem que ficar claro é que ela terá dificuldades para ter governabilidade", afirmou.
RUA
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a ideia do encontro é repassar as últimas informações sobre a coordenação da campanha e do programa do partido.
"Vamos conversar com toda a direção nacional sobre as mudanças das últimas semanas e principalmente fazer um chamamento, a mobilização para a campanha de rua, porta de fábrica, escolas, bancos, além disso, vamos responsabilizar cada dirigente para visitar os Estados nessa reta final da campanha", afirmou.
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