Eleição mais disputada da redemocratização chega ao fim
Com a vitória de Dilma Rousseff (PT), chega ao fim as eleições mais acirrada desde 1989, primeira eleição direta para presidente desde a redemocratização. O país mudou muito de lá para cá, e a apuração, também.
O advento das urnas eletrônicas permite que, hoje, se conheça o vencedor poucas horas após o fim das votações. Há 25 anos, era preciso contar manualmente cada uma das cédulas eleitorais, de papel –e o resultado final demorava alguns dias para sair.
Esta disputa esteve acirrada desde o início. A primeira reviravolta ocorreu com o desastre aéreo envolvendo Eduardo Campos. Após a morte do pernambucano, o PSB lançou Marina Silva à Presidência, e ela rapidamente colou em Dilma, deixando Aécio em terceiro nas pesquisas eleitorais.
A ascensão meteórica da ex-senadora, entretanto, não durou. Ela perdeu forças nos últimas dias antes do primeiro turno, e quem avançou para o pleito final contra a petista foi o tucano, que pegou para si o discurso de mudança que ecoou no país durante as manifestações de junho de 2013.
As pesquisas eleitorais colocavam Aécio ligeiramente à frente nas duas semanas seguintes, mas em empate técnico com Dilma. Na semana final, porém, Dilma virou e ficou o tempo todo à frente, com uma vantagem ligeiramente maior que a que Aécio tinha anteriormente: com 52% das intenções de voto no sábado (25), segundo a última pesquisa Datafolha, ela empatava com ele (Aécio tinha 48%) no limite da margem de erro.
A rejeição de cada um também era similar: 41% diziam não votar de jeito nenhum em Aécio, enquanto 38% falavam o mesmo de Dilma.
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