MBL e defensores de intervenção militar trocam vaias em protesto
Os defensores do regime militar deixaram a avenida Paulista sob vaias de entusiastas do Movimento Brasil Livre (MBL).
Enquanto o primeiro, formado pelo grupo SOS Forças Armadas, prega a volta da ditadura, o segundo prega o impeachment de Dilma, mas por meio do processo democrático.
"Chega desse discurso fácil de intervenção militar. Aqui é democracia", disse Renan Santos, do MBL, ao público.
Já uma faixa no carro do SOS Forças Armadas chamava de "otários" os manifestantes pró-impeachment.
"Otário pede impeachment. Patriota exige intervenção constitucional", dizia o cartaz.
Os carros de som dos dois grupos ficaram quase frente a frente durante o protesto.
Mas por volta das 17h, o SOS deixou o ato, sob vaias do outro grupo.
Quem cercava o ato do MBL gritou "fora", após discursos inflamados contra os defensores do regime militar.
"Não precisamos de vocês", disse Renan, enquanto o carro saía. As vaias aumentaram.
Depois da saída dos defensores da intervenção militar, os integrantes do MBL falaram durante mais de uma hora sobre como derrubar a presidente Dilma por meios legais, como o impeachment.
Pouco antes de encerrar, Renan Santos anunciou que o próximo ato será em 12 de abril. Disse que o MBL vai se distanciar de partidos políticos. "queremos que eles [partidos] sejam pautados pela nossa agenda."
Ele que discursou pedindo o impeachment e também atacou o PSDB, chamando Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido, de "líder de merda" e o senador José Serra (PSDB-SP) de "arrogante".
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