Envolvidos na morte de cinegrafista recebem tornozeleiras eletrônicas
A secretaria de Administração Penitenciária do Rio cedeu, no início da tarde desta segunda-feira (23), as duas tornozeleiras de monitoramento eletrônico para os dois jovens envolvidos na morte do cinegrafista Santiago Andrade, morto durante protesto em fevereiro de 2014.
Caio Silva e Fábio Raposo são responsáveis por soltar o rojão que atingiu a cabeça do cinegrafista. O uso das tornozeleiras para os dois era uma exigência imposta pela 8ª Câmara Criminal para libertar os jovens, que estavam presos sob acusação do homicídio de Andrade.
Os dois conseguiram a liberdade após a Justiça desqualificar a denúncia apresentada pelo Ministério Público, que havia pedido condenação por homicídio doloso. Na opinião do ministério público, apesar de não haver intenção de matar, Caio Silva e Fábio Raposo assumiram o risco de fazer isso ao acender e posicionar o rojão.
Com isso, os dois vão esperar em liberdade até que a Promotoria apresente uma nova denúncia ou ganha o recurso de reavaliação do caso.
Silva e Raposa deixaram de ser soltos na quinta-feira (19) porque o Estado não tinha o aparelho eletrônico, por falta de pagamento à empresa de monitoramento. No dia seguinte, a Justiça autorizou que fossem para casa sem o equipamento.
A divulgação do caso levou o coronel César Rubens de Carvalho a pedir exoneração do cargo de secretário de Administração Penitenciária na quinta (19). Em seu lugar, assumiu o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, ex-comandante da Polícia Militar.
A secretaria informou, em nota, que vai resolver os pagamentos pendentes e normalizar o fornecimento das tornozeleiras.
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