Juiz transfere presos de Andrade Gutierrez e Odebrecht para presídio
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Otávio Marques, da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht serão transferidos para presídio no PR |
O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou nesta sexta-feira (24) a transferência dos executivos da Andrade Gutierrez e da Odebrecht da carceragem da Polícia Federal para um presídio comum, o Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná.
Esse presídio já tem uma ala específica que tem recebido os presos da Operação Lava Jato, separados dos presos comuns. A decisão de Moro foi em resposta a um pedido da Polícia Federal.
Com isso, serão transferidos para o presídio os presidentes das empreiteiras, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, além dos funcionários e ex-funcionários Alexandrino de Alencar, César Ramos Rocha, Elton Negrão de Azevedo Júnior, João Antônio Bernardi Filho, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo.
A transferência deve ocorrer a partir do sábado (25). Todos eles estão presos preventivamente desde 19 de junho, sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.
"De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", escreveu Moro no despacho.
COMIDA
Com a mudança para o Complexo Médico Penal, os presos terão algumas mudanças na rotina. A pior dela é em relação à comida. Considerada "intragável" segundo relatos de pessoas que têm contato com os detentos, ela é o principal motivo de reclamação.
A maioria dos réus que então no presídio já emagreceram alguns quilos depois da chegada à nova estadia.
O silêncio durante a noite também deve acabar. O CMP é famoso pelo alto barulho nas madrugadas devido à gritaria de presos de outras alas durante a noite.
O número de detentos por cela continuará o mesmo, três. Mas deixarão de dormir em beliches para dormir em camas de concreto. As celas são maiores que as da PF e tem regalias como televisão.
Outra diferença é em relação às visitas. Na sede da PF os presos só podem tocar nos visitantes nos encontros que acontecem na última quarta-feira do mês, tendo os demais contatos semanais no parlatório, onde são separados por um vidro, com duração de aproximadamente 20 minutos.
No CMP as visitas acontecem todas as sextas e têm duas horas e meia de duração. Além disso são presenciais, ou seja, eles podem tocar em quem os visita.
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