Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
Publicidade

Serafina

Após sucesso na trilha de 'Boyhood, Luísa Maita lança seu segundo disco

Marcus Leoni/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 21.10.16E 17h Luisa Maita e uma das melhores novas cantoras brasileiras (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, FOTO)
Luisa Maita e uma das melhores novas cantoras brasileiras
Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Como um suspiro, ela veio e se foi. Com sua voz algo etérea, algo malemolente, Luísa Maita surgiu em 2010 com "Lero-Lero", um dos discos nacionais mais elogiados pela crítica naquele ano, que vendeu 20 mil cópias nos Estados Unidos e alcançou o primeiro lugar nas paradas da Amazon e do iTunes na categoria música latina. Depois, desapareceu.

Em 2014, voltou a circular na imprensa quando duas faixas do álbum entraram na trilha do filme "Boyhood" (2014), de Richard Linklater. Agora Luísa Maita está de volta com seu segundo disco, "Fio da Memória".

"'Lero-Lero' tinha a ver com a minha história, 'Fio da Memória' é um disco mais estético", diz a cantora, em entrevista por Skype de Minneapolis, nos EUA, onde cumpria uma agenda de 12 datas no começo de outubro. A turnê passou pelo festival Austin City Limits, que teve Radiohead e Kendrick Lamar.

Hoje com 34 anos, Luísa Maita surgiu no final da década passada em palcos como o do finado Studio SP, em meio à prolífica safra de novas cantoras que contava com Céu, Tulipa Ruiz e Nina Becker. Filha do cantor e violonista Amado Maita (1948-2005), cresceu em uma espécie de comunidade de músicos em um sítio no Grajaú.

"Eu não vivia a vida da periferia, mas ao mesmo eu assistia àquilo muito de perto. Me sentia uma observadora", relembra. Já no centro da cidade, estudou canto na Universidade Livre de Música e integrou o coral da USP.

JINGLE DA COPA

Além da música, ela faz locução e jingles para publicidade. Enquanto produzia o novo disco, gravou vinhetas para a Olimpíada Rio 2016. No novo trabalho, mantém a aura climática e a voz sutilmente sedutora, por vezes sussurrada, como na faixa "Olé".

"Não tento soar sensual, é algo que surge naturalmente. Talvez seja por causa do meu signo [risos]", justifica a taurina, que mora no bairro paulistano de Perdizes, com uma amiga.

Quando lançou "Lero-Lero" no Brasil, foi descoberta pelo etnomusicólogo americano Jacob Edgar, pesquisador musical da prestigiosa gravadora Putumayo World Music.

Por meio do seu próprio selo, chamado Cumbancha, ele lançou Luísa Maita na América do Norte e na Europa. Foi daí que veio a projeção internacional conquistada.

Agora, a grande aposta da empresa é "Fio da Memória", que já começa a ser bem recebido. O site Pitchfork, um dos mais respeitados para resenhas de música independente, definiu o álbum da seguinte maneira: "Em vez de se aprofundarem ainda mais no classicismo do samba e da bossa nova [...], Maita e banda modernizam as raízes históricas desses gêneros".

Acostumada a compor só com a voz e, às vezes, violão, a cantora de olhos claros e longos cabelos escuros diz que suas melhores canções já nasceram prontas. "Às vezes estou pensando em um assunto, aí, de repente, surgem a letra e a música de uma vez. Como 'insights' que brotam do inconsciente."

Quem disse que não se pode ser sua própria musa?

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Envie sua notícia

Siga a folha

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página