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Serafina

Serafina entra no set do novo 'Blade Runner', com Harrison Ford

Divulgação
Imagem do filme "Blade Runner 2049", gravado na Hungria. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Imagem do filme "Blade Runner 2049", gravado na Hungria.
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O futuro da humanidade se encontra em um complexo cercado de mato a uma hora de Budapeste, capital da Hungria. Estamos no ano de 2049. Com o derretimento das calotas polares, o nível dos oceanos subiu ao ponto da megalópole formada por Los Angeles, San Francisco e San Diego ser cercada por um muro que impede o avanço das águas violentas. Apesar da chuva e da noite fria húngara, Ryan Gosling luta com a atriz holandesa Sylvia Hoeks no pé deste muro.

Os dois trocam movimentos violentos que terminam com a mulher/replicante rolando rumo à água, onde o carro voador está parado, com o dublê de Harrison Ford algemado no interior.
"Corta", grita um sotaque francês. Todos param, a chuva para. O dono do sotaque aparece. "Bonsoir", cumprimenta o canadense Denis Villeneuve, 49, de "A Chegada" (2016). "Nunca tive tantos brinquedos. Estou fazendo um indie com muito dinheiro", diz ele.

O tal filme indie é "Blade Runner 2049", uma das sequências mais aguardadas do ano, com previsão de estreia no Brasil para 5/10. O futuro distópico, que toma forma em dois estúdios no interior da Hungria, é a continuação da jornada do caçador de androides Rick Deckard (Harrison Ford), 35 anos depois de "Blade Runner", de Ridley Scott. Serafina foi a única revista brasileira a entrar no set.

Lançando em 1982, o original que adaptou o livro "Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?", de Philip K. Dick, foi um fracasso de bilheteria e de crítica. No entanto, tornou-se referência visual obrigatória nos anos seguintes. Hoje, revistas como a "Time" e organizações como o American Film Institute listam a obra entre as 100 mais importantes e influentes do cinema. Mas isso não foi o suficiente para alguém se aventurar em sequências nesse tempo.

Principalmente porque Harrison Ford e Ridley Scott terminaram o trabalho querendo pular na garganta um do outro: o cineasta não aceitava sugestões do seu astro, em alta depois de "Guerra nas Estrelas", e o ator não suportava filmar todas as noites no ritmo lento do diretor. "Dos 50 dias de filmagens, 35 foram durante a noite. Isso é um regime brutal", lembra Ford, pouco antes de começar a labuta. "Mas fizemos as pazes há um bom tempo. Nossas desavenças foram circunstanciais."

Villeneuve não quis arriscar mexer no humor do seu astro. Não coloca Ford na cena noturna a qual testemunhamos, parte do clímax do longa, mas não poupa Gosling, que precisa fazer flexões entre os takes para espantar o frio.

FILHOS DE BLADE

"Sinto pelos atores, mas acho importante estar junto dos elementos. Estou tentando fazer o filme com o espírito do original, construindo a maioria dos cenários. Acredito que, para alcançarmos o futuro, precisamos dar um passo na direção do passado", explica o diretor.

"Tivemos algumas filmagens noturnas, mas nem perto do original", completa Ford com o sorriso de lado que virou sua marca. "Denis é prático e tem um conhecimento poderoso de como contar uma história. É um diretor bem diferente de... como era o nome dele? Ah, Ridley", alfineta ele, dando a entender que as rusgas não foram tão esquecidas assim.

Ridley Scott saiu do projeto para desenvolver "Perdido em Marte" (2015) e "Alien: Convenant" (2017). Harrison Ford aceitou após ler o roteiro. Por consequência, isso levou Ryan Gosling a topar viver o policial K, que procura por Deckard numa Califórnia ora dizimada pelas alterações climáticas, ora superpovoada nos centros urbanos cobertos por nuvens negras.

"Era não apenas a oportunidade de trabalhar com Harrison, mas de ver o mundo que Denis e Roger [Deakins, diretor de fotografia] estavam criando", conta Gosling, que deve fazer os filmes seguintes se este for um sucesso financeiro.

A evolução do mundo assusta. Os ricos moram em outros planetas e o clima da Terra é impróprio para a raça humana. Isso é mostrado no início do longa, quando K encontra uma pista que o levará a um segredo e a Deckard.

Todo cuidado é pouco em "Blade Runner 2049". Afinal, não é uma franquia que pode se dar ao luxo de ser ruim se quiser ter futuro. "Há filmes que sabemos que rendem dinheiro, independente da qualidade. Não é o caso de 'Blade Runner'. Não teríamos feito esse filme se não fosse incrível", diz o produtor Andrew Kosove. "A pressão veio no começo do processo, mas não penso nisso, senão vou correr para debaixo da cama. Afinal...", provoca Villeneuve ao voltar para a filmagem, "somos todos filhos de 'Blade Runner'."

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