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Serafina

Mark Hamill resistiu a interpretar Luke Skywalker 30 anos depois

Divulgação
Mark Hamill com sua cadela Millie, em sua casa em Malibu, na Califórnia, EUA, em 2017.
Mark Hamill com sua cadela Millie, em sua casa em Malibu, na Califórnia, EUA, em 2017.
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Mark Hamill já havia feito as pazes com o fim de "Star Wars", a saga espacial criada por George Lucas. 40 anos após ter se tornando um ícone pop na pele do fazendeiro-transformado-em-cavaleiro-Jedi Luke Skywalker, o ator não pensava mais em um retorno àquela galáxia muito, muito distante. "Eu não esperava ser lembrado por nada, então ser lembrado por um personagem era uma vitória", diz à Serafina. "Um dia, George me falou que não queria chegar aos 70 anos e ainda se preocupar com aqueles filmes. Achei que seria o fim. Nunca mais teríamos um novo 'Star Wars'."

Mas a palavra "nunca" parece não existir em Hollywood. Em 2013, Hamill recebeu convite para um almoço com Lucas. "Provavelmente, ele vai me pedir para conceder novas entrevistas", pensou ele. O projeto era mais ambicioso: o criador de "Star Wars" se reuniu com Hamill e Carrie Fisher, a princesa Leia, para perguntar se eles topariam reviver seus personagens em uma nova trilogia.

Fisher não pensou duas vezes e topou sem pestanejar ("Ela gritou: 'Sim, sim!'", conta o ator). Hamill foi mais cauteloso. "Disse que toparia se Harrison [Ford, o Han Solo] concordasse em voltar", recorda-se. "Eu não sabia se queria fazer aquilo de novo. Poderia ser um desastre. Como achava que Harrison era rabugento e ocupado demais para retornar, achei que seria uma boa maneira de recusar sem magoar ninguém. Quando vi na TV que ele tinha aceitado, encarei como uma convocação."

A palavra é adequada. Para retornar ao papel de Skywalker, o ator de 66 anos precisou deixar de lado a vida mansa na sua casa na praia de Malibu, onde vive com sua mulher, Marilou York, para encarar um treinamento duro em uma academia de Santa Monica e uma dieta rígida. "Eles chamam isso de treino físico, mas é um eufemismo para tortura", diz. "Mudei minha dieta. Passei um ano sem comer açúcar, derivados de leite, pão. Basicamente, não podia comer nada com gosto bom."

Hamill perdeu cerca de 20 quilos em 12 meses para atuar em "O Despertar da Força (2015), o primeiro filme da nova trilogia, dirigido por J.J. Abrams ("Star Trek"). Ele estava preparado para longas batalhas de sabres de luz, piruetas e perseguições. Mas quando leu o roteiro, teve uma surpresa: Luke aparecia somente nos segundos finais do longa, sem nenhuma fala, isolado em uma ilhota e servindo de anfitrião para a nova personagem Rey (Daisy Ridley). "Preparei meu corpo por um ano para virar de lado e remover um capuz da cabeça? Eu poderia estar do tamanho de Marlon Brando em "A Ilha do Dr. Moreau" que não faria diferença", reclama.

Hamill admite que ficou chateado com o diretor. "Poderiam ter me contado antes, não faço questão de ser o protagonista", reforça o ator, que finalmente vira o centro das atenções em "Star Wars: Episódio 8 - Os Últimos Jedi", de Rian Johnson, que estreia em 14 de dezembro. "Quando recebi o roteiro, comecei a ler de trás para frente para ver se não me enganaram novamente", diz.

Poucos detalhes emergiram sobre a participação de Luke no filme. Ele treinará Rey para controlar o poder da Força, mas também precisará lidar com a decepção com seu último aluno (e sobrinho) Kylo Ren (Adam Driver), que foi para o Lado Negro. Há teorias de que o mestre Jedi pode se transformar em um vilão. Outras falam de um clone. "O difícil de escrever 'Star Wars' é que tudo já foi feito em livros ou quadrinhos. Mas Rian conseguiu me chocar e fazer algo novo."

A dificuldade do novo longa não é mais o treinamento, mas a ausência da sua grande amiga Carrie Fisher, morta em dezembro passado. Os dois formavam uma dupla constante nos eventos para fãs ao longo dos anos em que "Star Wars" não rendia tanta histeria. "Carrie é insubstituível. Nada mais será o mesmo depois de sua morte", diz. "Sei que é egoísmo, mas estou com raiva dela. Ela deveria estar entre nós para ver como ficou maravilhosa em 'Os Últimos Jedi'. Ela é muito importante para os filmes."

O ator conta que outro colega de set, Billy Dee Williams, o charmoso Lando Calrissian de "O Império Contra-Ataca", quase o acompanhou ao Brasil em 1980 para uma première do filme no Rio de Janeiro. "Estávamos preparados, mas a Fox cancelou dez dias antes da viagem. Estavam preocupados com nossa segurança. Falei que não me importava, que era só arrumar um guarda-costas. Mas não foi possível."

Por coincidência, seu irmão mais velho, William Thomas, casou com uma brasileira e mora em San Jose, norte da Califórnia, com dois filhos. "Meu irmão abraçou totalmente a cultura brasileira, a música e a comida", revela. "Meus sobrinhos, quando eram menores e queriam tirar um sarro da minha cara, começavam a falar português na minha frente. É um sonho meu ir ao Brasil. Quem sabe dessa vez?"

*VEJA MAIS"

Star Wars - Os Últimos Jedi | Trailer 2 Final Legendado

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