Smartphone de baixo custo da Nokia funciona bem, mas peca por não ter 3G; leia impressões
A Nokia lançou na quinta-feira (9) um celular de sua linha de baixo custo, o Asha 501, que promete entregar uma experiência de uso de um smartphone em um aparelho com preço sugerido de US$ 99 (cerca de R$ 200). O aparelho será lançado no Brasil no terceiro trimestre.
Com design inspirado pela linha Lumia, o Asha 501 tem uma construção robusta e uma peça única de plástico emborrachado cobrindo a traseira do aparelho. É leve (pesa 98 g) e tem espessura de 12,1 mm.
É o primeiro modelo equipado com novo sistema operacional "Asha", uma combinação do sistema S40 --usado anteriormente na linha-- com implementações trazida dos sistemas da desenvolvedora Smarterphone, comprada pela Nokia em 2011.
Alguns aplicativos são lentos durante o uso, mas a experiência geral de navegação na plataforma é ágil e se beneficia da possibilidade de executar ações através de gestos na tela sensível ao toque (recurso parecido com o dos telefones Android e batizado de "Swipe" pela empresa finlandesa).
Bruno Fávero/Folhapress | ||
O celular Asha 501, da Nokia: operação ligeira e baixo preço sugerido, mas ausência de conectividade 3G é um problema |
O Asha 501 tem um processador de núcleo único de 1 GHz, 64 Mbytes de memória RAM e vem com uma tela capacitiva de 3 polegadas com resolução de 133 ppi. Em resumo, o aparelho tem um hardware bastante limitado.
A Nokia argumenta que as especificações modestas aumentam o desempenho da bateria --cuja duração nominal é de 17 horas em conversação ou de 48 dias em modo de espera-- e são suficientes para o sistema operacional rodar bem.
Sobre isso, o vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da empresa, Dirk Didascalou, provocou: "No mercado de automóveis, por exemplo, você não vê ninguém se orgulhando de dizer 'meu carro tem um motor maior que o seu e consome muito mais combustível'. Por algum motivo, no mercado de celulares isso acontece".
O argumento, porém, ignora que a duração impressionante da bateria não se deve só à eficiência, mas também à falta de uma conexão 3G, o maior defeito do telefone.
A Nokia, sem dar detalhes, promete versões com 3G em breve, mas justifica que o Asha 501 é um telefone de baixo custo e que "80% do mundo ainda usa 2G".
Talvez isso faça sentido para alguns mercados na Ásia e na África, mas certamente será um problema no mercado brasileiro, que começa a receber o 4G.
No fim, a aceitação do aparelho no Brasil também vai depender do preço, que ainda não foi definido, mas que, com impostos, deve ultrapassar o sugerido.
O jornalista BRUNO FÁVERO viajou a convite da Nokia
Divulgação | ||
Asha 501, lançado nesta quinta-feira (9) pela Nokia, tem design inspirado nos Lumia e custa US$ 99 |
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