Escritor Daniel Pellizzari estreia coluna no 'Tec'
O escritor e tradutor literário Daniel Pellizzari, 39, estreia hoje sua coluna no "Tec". Ele escreverá mensalmente sobre games.
Nascido em Manaus, Pellizzari mudou-se para Porto Alegre aos dez anos. Trocou o Rio Grande do Sul há dois meses por São Paulo, para trabalhar como redator do site do IMS (Instituto Moreira Salles).
Fabio Braga/Folhapress | ||
Daniel Pellizzari, 39, escritor e tradutor literário, que estreia como colunista do caderno caderno "Tec" |
Ele tem três livros publicados -vem mais um neste mês, "Digam a Satã que o Recado Foi Entendido" --e traduziu autores como David Foster Wallace e histórias em quadrinhos como "Sandman" e "Black Hole".
O interesse por games vem desde a infância em Manaus, que na primeira metade dos anos 1980 "era o melhor lugar do Brasil para uma criança com tendências nerds", segundo o próprio Pellizzari, por causa da Zona Franca.
Ainda existia a reserva de mercado de informática, que limitava fortemente as importações de computadores e videogames. Mas em Manaus "era tudo liberado, com preços acessíveis".
Aos seis anos, começou a frequentar um fliperama da cidade que tinha todas as máquinas clássicas, originais, com diversos lançamentos. Ganhou um Atari 2600 e a partir daí nunca mais parou de jogar videogames -nem ele, nem os irmãos.
"Somos uma família gamer, em que sou o único 'seguista' solitário, cercado de 'nintendistas'", brinca.
Quando se diz um adorador da companhia japonesa Sega, Pellizzari fala sério: ele tem todos os consoles lançados pela empresa (Master System, Mega Drive, Game Gear, Sega CD, 32X, Saturn, Dreamcast e Mega Drive portátil), além de aparelhos de outras fabricantes, como PS 2 e PSP, da Sony, Wii, da Nintendo, e Xbox, da Microsoft.
Sobre os títulos, prefere os independentes.
"Os indies, de certo modo, são um retorno à era de ouro dos micros nos anos 1980, em termos de criatividade. Mas também jogo blockbusters, sou onívoro."
EDUCAÇÃO GAMER
Apaixonado por games, o escritor decidiu que seu filho, 5, e sua filha, 3, devem ter uma "educação gamer".
"Eles começaram a jogar com Atari e agora estão jogando Mega Drive e Super Nintendo", conta. "Aos poucos vou mudando a geração."
A intenção é simular a linha do tempo dos games, para que os pequenos entendam como surgiram ícones importantes, como Mario e Sonic, e acompanhem a evolução gráfica, bem como os diferentes estilos que foram mais ou menos populares de acordo com a geração correspondente.
"Meu filho é viciado em 'Golden Axe', e minha filha é um prodígio, dá medo. Com dois anos ela jogou 'Sonic 1' pela primeira vez e terminou a primeira fase sem perder nenhuma vida. De primeira", comemora o pai.
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