Atlas mostra como países organizam buscas de fotos na web de forma diferente
Pouco antes de cometer suicídio, o cocriador das atualizações via RSS, Aaron Swartz, desenvolveu ao lado da americana Taryn Simon o projeto "Image Atlas". O trabalho compara as diferenças e similaridades dos resultados de buscadores de imagem dependendo do país de onde parte a pesquisa.
Ao procurar pelo termo "sexo", por exemplo, o retorno destoa drasticamente. Há a imagem de um crucifixo na busca correspondente à Síria, e a foto de uma mulher com dois homens no resultado na França. Já na Coreia do Norte o resultado é vazio, e no Egito aparecem mapas.
Galeria de imagens: Fotografia 'Print Screen'
Tanto o "Image Atlas" quanto os projetos que utilizam o Google Street View estão inseridos na "Found Photography", categoria baseada na reutilização de fotos perdidas ou descartadas por seus autores originais.
Se esse recurso é antigo, as conexões com ferramentas on-line deram novo significado à prática, apontando reflexões sobre como lidamos com símbolos comuns do cotidiano da tecnologia.
Em março, em Barcelona, a exposição "From Here On" reuniu os principais trabalhos da pós-fotografia.
A mostra aconteceu a partir do manifesto elaborado durante o festival de fotografia de Arles, na França --com participação de Clement Cheroux, curador do Pompidou, e Martin Parr, fotógrafo da lendária agência Magnum.
OFF-LINE E ON-LINE
Para entender a construção de descansos de tela de aparelhos de DVD e as bolinhas animadas do carregamento de vídeos do YouTube, o americano Constant Dullaart simulou na vida real os mesmos movimentos das representações virtuais.
Com recortes de papel e até fogo, o artista reproduz símbolos da tecnologia em escala humana.
"Comecei a me perguntar quem projetou a animação do YouTube, e se eles perceberam o quanto isso seria visto, o quanto iria significar na vida das pessoas. Então, passei a copiar e reestruturar esses tipos de marcas, olhando para as diferentes formas de observar nosso mundo virtual", explica Dullaart em entrevista, claro, por e-mail.
"Antes de existir a internet, as pessoas queriam estar na televisão ou no jornal. Agora, você quer ser capaz de criar um meme, ou fazer parte de um. Eu gostaria de enfatizar a materialidade de um meio que se faz tão virtual", descreve.
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