Ruas de Pirenópolis têm pedra e casarões coloridos
Quem segue da Cidade de Goiás para Pirenópolis encara trechos que parecem perdidos no tempo, em estradas por onde não passa (quase) ninguém. Envereda-se por estreitos caminhos de terra e por outros de asfalto recém-coberto, que não se sabe ao certo onde vão dar.
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Entre vilarejos e cidadezinhas, o motorista cai em um estressante trecho da Belém-Brasília. Pista simples, muitos caminhões emperrando o tráfego e motoristas fazendo ultrapassagens perigosas.
Calma lá. A recompensa está logo à frente, quando a placa irá anunciar em letras garrafais PIRENÓPOLIS.
Deve-se entrar à esquerda em uma estradinha. Pelo simpático trajeto, a vista percorre a serra dos Pireneus.
E lá, no alto de seus quase 1.400 m, fica um dos pontos culminantes de Goiás.
Graças à serra, o nome da cidade de Minas da Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi abreviado para Pirenópolis -ou simplesmente "Piri", como é carinhosamente chamada.
O trajeto termina de cara com as ruas de pedra da cidade, fundada em 1727. Ruas essas com casarões coloniais coloridos e bem preservados -desde 1989, Pirenópolis detém o título de patrimônio histórico nacional. E uma gente amistosa e simpática.
CAVALHADAS
Bem diferente da Cidade de Goiás é sua "irmã concorrente": mais festiva, badalada e com um leque maior de opções gastronômicas e de hospedagem. Nos fins de semana, o pessoal de Brasília lota a cidade -muita gente das embaixadas tem um apreço especial por Pirenópolis.
Assim como na Cidade de Goiás, em Piri também se faz necessário reservar uma pausa para contemplar as igrejas construídas durante o período em que bandeirantes exploravam as minas de ouro.
Roberto de Oliveira/Folhapress |
Detalhe de casarão em rua do centro histórico de Pirenópolis |
No "coração" do centro histórico, está a igreja de Nossa Senhora do Rosário (1728), o mais antigo monumento sacro do Estado de Goiás.
Dizem por lá que, no altar da igreja de Nossa Senhora do Bonfim, há uma imagem de Nosso Senhor do Bonfim que chegou até Piri trazida por um comboio de escravos vindos da Bahia.
Se a Cidade de Goiás tem a procissão do Fogaréu, Pirenópolis exibe sua cavalhada durante a festa do Divino Espírito Santo, que ocorre 50 dias após a Páscoa. Esse ritual chegou ao Brasil com os jesuítas para ajudar na catequização de índios e escravos.
Entre os destaques da festa estão as cavalhadas, que representam a luta em que os cristãos venceram os mouros e conquistaram a Terra Santa. Desde 1826, cavalos e cavaleiros ornamentados se digladiam por três tardes seguidas pelas ruas de pedra da bela Piri.
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